Os privilégios que Trump perde caso seja destituído

20 de janeiro de 2021 é o dia da tomada de posse de Joe Biden como presidente dos Estados Unidos, e o último de Trump no cargo. Ou será? Caso a Câmara dos Representantes e o Senado avancem em conjunto com o impeachment de Donald Trump e ele seja condenado à segunda tentativa, deixa de ser presidente horas mais cedo e perde vários privilégios.

Até agora, a Câmara dos Representantes avançou com uma resolução em que defende a destituição de Trump por este ter incitado à insurreição, antes do ataque ao Capitólio (onde funcionam as duas câmaras do Congresso dos EUA) que resultou em cinco mortos (entre eles, um polícia).

O cargo de presidente dos Estados Unidos, após o seu abandono, confere vantagens vitalícias. Mas em caso de destituição, estas não podem ser fruídas. 

Por ano, Trump começará a receber 180 mil euros. Melania Trump, como antiga primeira dama, tem também direito a um pagamento de cerca de 16 mil euros anuais.

Mas não fica por aqui. As viagens do antigo presidente e de duas pessoas da sua equipa, no máximo, também são pagas pelos contribuintes desde que se devam ao cargo por ele detido. Por ano, recebe até 822 mil euros. Melania não fica de fora: pode receber 411 mil euros.

Até morrer, Trump tem direito a proteção dos Serviços Secretos. Os filhos são protegidos até atingirem os 16 anos: o filho mais novo de Donald Trump, Barron, tem 14 anos.

Nos sete primeiros meses depois de sair do cargo, Trump tem ainda direito a despesas de transição da vida pública para a privada pagas. O dinheiro serve para ele instalar, caso queira, um gabinete em qualquer local dos Estados Unidos.

Para o resto da vida, os antigos presidentes, esposas e filhos têm direito a cuidados de saúde gratuitos ministrados em hospitais militares. Na morte, podem ter funerais de Estado com honras militares, sob concordância da família.

Todas estes privilégios acabam com o impeachment mas, para este ocorrer, teria que ser aprovado pelo Senado, de maioria Republicana. E nem o vice-presidente Mike Pence nem os Republicanos manifestaram grande interesse pela destituição de Trump.

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