Ghosn está acusado de ter ocultado remunerações negociadas com a Nissan e de ter usado os fundos da companhia para cobrir gastos pesssoais e perdas financeiras.
Nissan considera que fuga de Ghosn "desafia sistema judicial" do Japão
A construtora automóvel japonesa Nissan considerou hoje a fuga do ex-presidente da empresa Carlos Ghosn para o Líbano "um ato que desafia o sistema judicial" do país.
"A fuga do ex-presidente Carlos Ghosn para o Líbano sem autorização do tribunal, em violação das condições da libertação sob fiança, é um ato que desafia o sistema judicial do Japão", indicou a empresa num comunicado, divulgado uma semana depois de Ghosn, de 65 anos, se encontrar no Líbano.
"A Nissan considera isto extremamente lamentável", acrescentou.
O empresário tinha que se apresentar, nos próximos meses, perante os tribunais de Tóquio para responder às irregularidades financeiras de que é acusado durante a gestão da Nissan Motor.
Ghosn está acusado de ter alegadamente ocultado às autoridades japonesas remunerações negociadas com a Nissan e de ter usado os fundos da companhia para cobrir gastos pesssoais e perdas financeiras.
Detido pela primeira vez em 19 de novembro de 2018 e em 25 de abril passado, Ghosn ficou em liberdade sob fiança, após a segunda detenção, com comunicações e movimentos limitados e proibido de sair do país.
As autoridades japonesas pediram à Interpol que detenha preventivamente Ghosn até que seja extraditado para responder perante os tribunais do país.
Na segunda-feira, o chefe do Gabinete e ministro porta-voz do Governo, Yoshihide Suga, garantiu que Tóquio desenvolverá todos os esforços diplomáticos para conseguir que o Líbano entregue o ex-presidente da Nissan às autoridades japonesas.
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