Jair Bolsonaro criou mais um ministério para o seu governo: o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, que será encabeçado por Damares Alves, actualmente assessora do senador Magno Malta.
O anúncio foi feito esta quinta-feira pelo próximo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que aproveitou a ocasião para revelar que a pasta irá ficar responsável ainda pela Fundação Nacional do Índio (Funai). Este órgão estava com um futuro incerto no governo brasileiro.
Segundo os apoiantes de Alves – um deles a Rede Nacional em Defesa da Vida e da Família, que tem como um dos principais pilares o enquadramento legal do aborto como crime -, esta é "advogada, mãe, tem larga experiência por mais de 20 anos na defesa de populações tradicionais historicamente esquecidas, índios, ciganos". Contudo, a brasileira é ainda assumidamente contra a legalização do aborto e anti-movimento LGBT, mantendo uma posição conservadora.
Num vídeo publicado no Expresso Brasil em Março passado, a política defendeu que as mulheres nasceram para ser mães e que o modelo ideal da sociedade seria os homens sustentarem-nas, ficando estas em casa a cuidar da prole. "Me preocupo com a ausência da mulher de casa. Hoje, a mulher tem estado muito fora de casa. Costumo brincar como eu gostaria de estar em casa toda a tarde, numa rede, e meu marido ralando [expressão brasileira para "trabalhar"] muito, muito, muito para me sustentar e me encher de jóias e presentes", contou Alves a uma outra publicação. "Esse seria o padrão ideal da sociedade. Mas, não é possível. Temos que ir para o mercado de trabalho", disse.
Damares Alves também já anunciou o principal foco do seu ministério será "direito à vida". "A pasta vai, desde as mulheres até a infância, idoso, índio, vai ser a protecção da vida", declarou, citada pelo Globo.
Alves e Bolsonaro já parecem ter encontrado pontos de fricção: numa entrevista após o anúncio do seu novo cargo, a política garantiu que nenhum homem irá ganhar mais uma mulher no Brasil quando desempenharem ambos as mesmas funções. O presidente eleito do Brasil, por outro lado, já tinha dito durante a sua campanha eleitoral que não empregaria uma mulher com o mesmo salário de um homem, uma afirmação que ele próprio veio a negar mais tarde.
Durante a campanha eleitoral, Jair Bolsonaro prometeu que faria um governo com apenas 15 pastas. No entanto, o futuro presidente do Brasil já anunciou 20 ministros, o que pode levar o número dos ministérios a subir para 22.
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O presidente eleito do Brasil nomeou a advogada e pastora Damares Alves para a nova pasta. A actualmente assessora é conhecida pelas suas posições conservadores anti-aborto e anti-LGBT.
Jair Bolsonaro criou mais um ministério para o seu governo: o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, que será encabeçado por Damares Alves, actualmente assessora do senador Magno Malta.
O anúncio foi feito esta quinta-feira pelo próximo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que aproveitou a ocasião para revelar que a pasta irá ficar responsável ainda pela Fundação Nacional do Índio (Funai). Este órgão estava com um futuro incerto no governo brasileiro.
Segundo os apoiantes de Alves – um deles a Rede Nacional em Defesa da Vida e da Família, que tem como um dos principais pilares o enquadramento legal do aborto como crime -, esta é "advogada, mãe, tem larga experiência por mais de 20 anos na defesa de populações tradicionais historicamente esquecidas, índios, ciganos". Contudo, a brasileira é ainda assumidamente contra a legalização do aborto e anti-movimento LGBT, mantendo uma posição conservadora.
Num vídeo publicado no Expresso Brasil em Março passado, a política defendeu que as mulheres nasceram para ser mães e que o modelo ideal da sociedade seria os homens sustentarem-nas, ficando estas em casa a cuidar da prole. "Me preocupo com a ausência da mulher de casa. Hoje, a mulher tem estado muito fora de casa. Costumo brincar como eu gostaria de estar em casa toda a tarde, numa rede, e meu marido ralando [expressão brasileira para "trabalhar"] muito, muito, muito para me sustentar e me encher de jóias e presentes", contou Alves a uma outra publicação. "Esse seria o padrão ideal da sociedade. Mas, não é possível. Temos que ir para o mercado de trabalho", disse.
Damares Alves também já anunciou o principal foco do seu ministério será "direito à vida". "A pasta vai, desde as mulheres até a infância, idoso, índio, vai ser a protecção da vida", declarou, citada pelo Globo.
Alves e Bolsonaro já parecem ter encontrado pontos de fricção: numa entrevista após o anúncio do seu novo cargo, a política garantiu que nenhum homem irá ganhar mais uma mulher no Brasil quando desempenharem ambos as mesmas funções. O presidente eleito do Brasil, por outro lado, já tinha dito durante a sua campanha eleitoral que não empregaria uma mulher com o mesmo salário de um homem, uma afirmação que ele próprio veio a negar mais tarde.
Durante a campanha eleitoral, Jair Bolsonaro prometeu que faria um governo com apenas 15 pastas. No entanto, o futuro presidente do Brasil já anunciou 20 ministros, o que pode levar o número dos ministérios a subir para 22.
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