O Quénia é o primeiro país africano a incluir pessoas intersexuais nos seus censos, de acordo com os resultados publicados esta segunda-feira.
O novo censo, cujos dados foram recolhidos em agosto, indica que vivem 47,56 milhões de pessoas na potência económica e geopolítica da África Oriental, informou hoje o diretor geral do Departamento Nacional de Estatísticas do Quénia, Zachary Mwangi.
Num evento celebrado na residência oficial do Presidente queniano, em Nairobi, Zachary Mwangi especificou que, do total de habitantes, cerca de 24 milhões são mulheres e cerca de 23 milhões são homens.
O diretor geral salientou que 1.524 habitantes são mulheres intersexuais.
As pessoas intersexuais possuem características genéticas e fenotípicas masculinas e femininas, num grau variado e mais pronunciado em alguns indivíduos.
O Quénia foi o primeiro país africano a reconhecer oficialmente estas pessoas como parte da sua população.
As pessoas intersexuais têm lutado nos tribunais, no parlamento e em manifestações nas ruas contra a discriminação e a legitimação dos seus direitos básicos e, como resultado, foram reconhecidas numa categoria apropriada ao seu estatuto no novo censo.
O diretor da Sociedade das Pessoas Intersexuais do Quénia, James Karanja, declarou à agência espanhola Efe, em agosto, que a inclusão deste grupo "é uma das melhores coisas que podia ter acontecido".
O grupo de James Karanja pressionou o parlamento para incluir a possibilidade da indicação intersexual junto às opções de escolha de homem e mulher.
O Presidente Uhuru Kenyatta afirmou hoje que as estratégias de desenvolvimento do Governo vão ser baseadas, a partir de agora, nos novos dados que expõem um crescimento populacional de cerca de nove milhões de pessoas na última década.
"Alegra-me mencionar que este é primeiro censo elaborado" depois da aprovação da nova Constituição em 2010, "e foi completamente viabilizado pelo meu Governo", acrescentou o chefe de Estado.
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