A actriz Uma Thurman saiu em defesa do realizador Quentin Tarantino, depois de uma polémica entrevista ao The New York Times. O tema principal eram o assédio e ameaças que alegadamente sofreu por parte do produtor Harvey Weinstein, mas as atenções focaram-se noutra história. Durante a fase final da rodagem de Kill Bill (2003-2004), a actriz sofreu um acidente de automóvel que lhe deixou lesões permanentes no pescoço – e o relato da história soava a acusação contra o realizador, que não a teria protegido durante as filmagens. O volante estava na minha barriga e as minhas pernas ficaram presas debaixo de mim. Tive uma discussão enorme com Quentin e acusei-o de me tentar matar", disse ao jornal norte-americano.
Esta segunda-feira, 15 anos depois, Uma publicou o vídeo nas redes sociais e defendeu Tarantino. "Quentin Tarantino ficou profundamente arrependido e continua com remorsos por causa desde triste evento e deu-me as imagens anos mais tarde para que as pudesse expor e vissem a luz do dia, mesmo que seja provavelmente um acontecimento para o qual a justiça nunca será possível. Ele também o fez com plena noção de que esta exposição lhe poderia causar danos pessoais e tenho orgulho dele por fazer o que é correto e pela sua coragem.", escreveu a actriz, que foi directa a apontar os culpados.
Uma publicação partilhada por Uma Thurman (@ithurman) a
"Lawrence Bender, E. Bennett Walsh e o notório Harvey Weinstein são os únicos responsáveis" pelo acidente, acusou Thurman, acrescentando que "mentiram, destruíram provas e continuam a mentir sobre os danos permanentes que causaram e escolheram suprimir."
De acordo com o artigo, a actriz – que não se considerava boa condutora – terá sido pressionada a conduzir um veículo que não conhecida bem e que tinha problemas. Tarantino também lhe terá dito que o percurso era uma linha recta, mas esse terá sido mudado. Com medo de um processo, os estúdios nunca teriam aceitado ceder as imagens.
Em entrevista ao Deadline, o realizar já dissera que o acidente não era algo que tivesse esquecido. "Além de ser um dos maiores arrependimentos da minha carreira, é um dos maiores arrependimentos da minha vida", assumiu Tarantino.
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