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As vinhas da Zibreira, no Oeste, estavam habituadas a produzir muito vinho a granel. Agora, com novos donos, passaram a produzir menos e melhor, dobrando o cabo das tormentas com vinho de qualidade
Quando Artur Gama e Eva Moura Guedes - ele natural da Ericeira, ela nascida em Torres Vedras, ambos a viverem em Lisboa - compraram uma quinta na Zibreira da Fé, aldeia perto de Torres Vedras, com vinhas que abasteciam uma adega cooperativa, duas ideias foram pilares na decisão: sair de Lisboa e produzir bons vinhos.
"A maioria das vinhas já estava cá em 2014, quando comprámos a quinta, só que serviam para fazer vinho a granel, porque são vinhas que produzem muito", conta Artur. "Ora, não se pode produzir muito e ter muita qualidade", contrapõe, pelo que optaram por não vindimar no primeiro ano e ensinar as plantas que ocupam 11 dos 20 hectares da herdade a dar menos uva.
Hoje, a Quinta da Boa Esperança já tem 10 referências no seu portefólio, com predominância de vinhos monovarietais, como os Syrah, Alicante Bouschet, Fernão Pires e Arinto. "A ideia era vinificar separadamente para que fosse um processo de aprendizagem, mas os resultados começaram a aparecer e eram curiosos, com pessoas que nunca tinham bebido um Fernão Pires a dizerem que era um vinho fabuloso", recorda.
Num móvel da quinta encontraram a imagem que marca cada garrafa e puderam assim, depois de seis meses a testar logos, dar descanso aos designers. "É um símbolo celta que representa a mistura da natureza com o Homem. Há muito em antigos palacetes. As pessoas pensam que é o Adamastor a soprar, mas não é." Não se pode censurar quem pense assim, afinal Artur e Eva chamaram ao seu projecto Quinta da Boa Esperança.