Para poder adicionar esta notícia deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da SÁBADO, efectue o seu registo gratuito.
O primeiro bar de águas da Europa chegou a Portugal
Joana Vasconcelos fala da sua mais polémica exposição (com vídeo)
Fantasporto exibe Easy Rider no arranque do festival
Crítica: O Primeiro Homem na Lua
"A narrativa apoia-se num compósito de doença, sexo, traição, arrivismo, segredos e acidentes naturais", escreve Eduardo Pitta na sua crítica
As questões morais foram sempre decisivas na obra de Iris Murdoch (1919-1999), romancista e académica na área da filosofia. O Sonho de Bruno, agora publicado conta a história (narrada na terceira pessoa) de Bruno, um homem de idade avançada deformado pela doença: "Ele sabia que se tornara um monstro." Espera pela morte em casa de Danby, o genro viúvo. Intriga em família, portanto. À beira da morte, tudo gira em torno da essência da vida. Bruno tem duas obsessões: aranhas e selos. Estudou as primeiras, coleccionou os segundos. Faz vista grossa à aversão que suscita, em particular na enfermeira e na empregada doméstica, mas continua a preocupar-se com os impostos (a quem doar a colecção de selos?). A narrativa apoia-se num compósito de doença, sexo, traição, arrivismo, segredos e acidentes naturais.
Sem surpresa, Murdoch manipula tudo admiravelmente.
Nota: 5 estrelas
Iris Murdoch
Ed. Relógio d'Água
• 275 págs.
€17