Os impostos que vão aumentar em 2018

O Orçamento do Estado para 2018 foi entregue esta sexta-feira por Mário Centeno. Em conferência de imprensa, o ministro das Finanças começou por se desculpar pelo atraso na entrega, elogiando o documento: "Queria começar por agradecer a todos pela paciência para esperar por este momento, mas espero que entendam que o bom trabalho não tem horas." 

O documento estima que a taxa de desemprego baixe para 8,6% em 2018. O défice estimado para 2017 é de 1,4% e em 2018, de 1%, com um crescimento da economia estimado para 2018 de 2,2%.

Entre as principais medidas previstas no orçamento do próximo ano, saiba o que vai ficar mais caro no próximo ano.

• Alimentos com elevado teor de sal
  

O Governo propõe uma taxa de 0,80 euros por quilo em alimentos com elevado teor de sal. Através desta medida, o Executivo de António Costa espera arrecadar 30 milhões de euros. Ficam sujeitos a este imposto bolachas e biscoitos pré-embalados, alimentos que integrem flocos de cereais e cereais prensados, pré-embalados, batatas fritas ou desidratadas, pré-embaladas, própria para alimentação nesse estado. Produtos que tenham um teor de sal inferior a 1 grama por cada 100 gramas de produto estão isentos.

• Álcool e Bebidas Alcoólicas

O imposto sobre o Álcool e Bebidas Alcoólicas vai aumentar cerca de 1,5%, afectando a cerveja, as bebidas espirituosas e os vinhos licorosos. De acordo com o documento, as cervejas vão passar a pagar um imposto que começa nos 8,34 euros por hectolitro (100 litros) para os volumes de álcool mais baixos e que vai até aos 29,30 euros por hectolitro no caso dos volumes de álcool mais elevados.

O imposto, no caso das bebidas espirituosas - gin e vodka, por exemplo - vai também sofrer um aumento, mas de 1,4%, passando dos 1.367,78 euros por hectolitro actualmente em vigor para os 1.386,93 euros por hectolitro em 2018.

Os vinhos licorosos vão passar de 75,05 euros por hectolitro para 76,1 euros, uma subida de 1,4%. Já as bebidas fermentadas, como os espumantes, sofrem um aumento de 1,4% (10,44 euros por hectolitro). 

• Refrigerantes

Nesta matéria, o Governo propôs o aumento até 1,5% do imposto a pagar e define uma nova reforma de taxar os concentrados. A taxa vai ser aplicada em 8,34 euros por hectolitro as bebidas cujo teor de açúcar seja inferior a 80 gramas por litro e a 16,69 euros por hectolitro as bebidas cujo teor de açúcar seja igual ou superior a 80 gramas por litro.

• Imposto Único de Circulação

1,4% é quanto está previsto, em média, que aumente o Imposto Único de Circulação (antigo "selo"). Nos veículos a gasolina, as variações no imposto oscila entre uma redução de 1,9% (Fiat Panda) e o aumento de 1,4%, o que resulta da combinação de duas variáveis: cilindrada e emissões poluentes. 

• Tabaco

O aumento do Imposto sobre o Tabaco (IT) pode significar uma subida de até 10 cêntimos no maço de cigarros, segundo simulações feitas pela consultora Deloitte. De acordo com a proposta de OE2018 a taxa do elemento específico relativo aos cigarros aumenta de 93,58 euros por milheiro (mil cigarros) para 94,89 por milheiro (1,4% de aumento). Por outro lado, verifica-se uma ligeira diminuição do respectivo elemento 'ad valorem' de 16% para 15%. 

Com Lusa

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