O Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios anunciou uma greve geral para 13 de janeiro, em protesto por a administração dos CTT não reintegrar um funcionário despedido.
Trabalhadores dos CTT entram em greve geral a 13 de janeiro
O Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT) anunciou hoje uma greve geral para 13 de janeiro, em protesto por a administração dos CTT não reintegrar um funcionário despedido em agosto por alegado incumprimento profissional.
José Oliveira, membro da direção do SNTCT, afirmou à Lusa que na base da paralisação, que terá na sexta-feira o seu primeiro momento com uma greve que abrange 15 Centros de Distribuição Postal (CDP) da Área Metropolitana do Porto e do Minho, está o facto da administração dos CTT recusar-se a cumprir a decisão do Juízo de Trabalho de Valongo, que aceitou a providência cautelar interposta pelo sindicato.
António Neto Cunha, funcionário dos CTT em Ermesinde, concelho de Valongo, "sofreu um acidente de serviço na década de 1980 que o deixou com limitações físicas", tendo recebido "em agosto de 2019 a carta de despedimento por alegadamente não cumprir os mínimos do serviço que lhe fora atribuído assim que recuperou do acidente", sintetizou o sindicalista.
Inconformado, o sindicato avançou com uma providência cautelar, que "recebeu a aprovação do tribunal, condenando os CTT a reintegrarem o trabalhador" e recuperando este também "as funções que vinha exercendo", bem como a "retribuição e subsídios, com os descontos e benefícios inerentes", refere a nota de imprensa do sindicato.
José Oliveira acrescentou que a decisão do tribunal "foi parcialmente cumprida pelos CTT, tendo sido entregue ao funcionário demitido um cheque com a remuneração desde a data da decisão do tribunal, mas sem reintegração".
Funcionário dos CTT na condição de trabalhador subscritor da Caixa Geral de Aposentações, específica a nota de imprensa, António Neto Cunha "não tem, por isso, direito a subsídio de desemprego", o que o deixa "numa situação de enorme precariedade a quem os colegas, solidários, querem pôr fim com as greves anunciadas", disse o sindicalista.
A greve de 24 horas que começas às 00:00 de sexta-feira abrange os centros de distribuição postal de Ermesinde, Carvalhos, Vila Nova de Gaia, Matosinhos, Braga, Gondomar, Maia, Barcelos, Vila Nova de Famalicão, Póvoa de Varzim, Fafe, Guimarães e três do Porto (4000/4050, 4100/4150 e 4200/4300), bem como o Centro de Produção e Logística Norte, na Maia.
O secretário-geral da Confederação Geral de Trabalhadores Portugueses (CGTP), Arménio Carlos, marcará presença sexta-feira, às 10:00, na greve à porta do CDP de Ermesinde.
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