A Comissão Europeia manteve hoje a estimativa de 2,0% de crescimento da economia portuguesa em 2019, uma décima acima das estimativas do Governo, de acordo com as previsões económicas de inverno hoje divulgadas.
O Governo estima que em 2019 o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) tenha sido de 1,9%, em linha com as previsões da OCDE, FMI e Conselho das Finanças Públicas. Apenas o Banco de Portugal previu, em dezembro de 2019, um crescimento de 2,0% da economia portuguesa para o ano passado.
As previsões da Comissão Europeia hoje conhecidas antecipam a publicação dos dados relativos ao Produto Interno Bruto de 2019 por parte do Instituto Nacional de Estatística (INE), que serão publicados na sexta-feira.
No documento hoje divulgado, Bruxelas assinala que o PIB de Portugal cresceu 1,9%, em termos homólogos, no terceiro trimestre de 2019, "o mesmo ritmo que no trimestre anterior mas moderando-se face aos 2,1% no primeiro trimestre do ano".
"A procura doméstica manteve um forte crescimento de cerca de 3%, refletindo um crescimento firme do consumo privado e uma recuperação pronunciada do investimento no início do ano, seguida de alguma moderação posterior", assinala a Comissão Europeia.
O executivo europeu destaca ainda que "as importações continuaram a crescer mais rápido do que as exportações, resultando numa contribuição líquida mais negativa para o crescimento".
"No entanto, as exportações recuperaram ligeiramente no terceiro trimestre e a sua percentagem no PIB aumentou. Do lado da oferta, a construção aumentou substancialmente em 8,4% nos primeiros três trimestres de 2019", assinala a entidade presidida por Ursula von der Leyen.
A Comissão menciona ainda que "os setores da agricultura e dos serviços também apoiaram o crescimento, enquanto a indústria contraiu 0,9% no mesmo período", e salienta que o seu indicador de sentimento económico "mostra uma pequena melhoria na atividade no último trimestre", e que "os dados do comércio externo também melhoraram, ajudados por alguma recuperação no setor industrial".
Nos próximos anos, Bruxelas prevê que "a procura doméstica permaneça como o principal fator" do crescimento, compensando a "influência negativa amplamente estável" da balança comercial.
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