Depois de perder na Madeira, os "encarnados" não conseguiram vencer o Nápoles na Luz. Mas a derrota do Besiktas permite ao Benfica continuar na Liga dos Campeões
Benfica: Segunda derrota consecutiva com sabor a vitória
O Benfica sofreu a segunda derrota consecutiva, desta vez frente ao Nápoles, por 2-1, um resultado que permite a continuidade na Liga dos Campeões, mas que faz tocar o alarme na Luz.
REUTERS/Pedro Nunes
No Estádio da Luz, num encontro em que os italianos foram claramente superiores, o espanhol Callejon abriu o marcador aos 60 minutos e o belga Mertens aumentou a vantagem dos forasteiros aos 79. Já perto do fim, o mexicano Raúl Jiménez reduziu a diferença, aos 87.
Com o Besiktas a ser "esmagado" em Kiev pelo Dinamo (6-0), os tricampeões nacionais asseguraram, na sexta e última jornada, o segundo lugar do Grupo B com oito pontos, mais um do que os turcos e menos três que o Nápoles, que acabou em primeiro.
A derrota não impediu o Benfica de alcançar pelo segundo ano seguido os oitavos de final da Champions, um dos objectivos da temporada (tanto a nível desportivo como financeiro), mas a formação de Rui Vitória voltou a desiludir a nível exibicional, tal como já tinha acontecido há uns dias atrás na Madeira (derrota 2-1 com o Marítimo para a I Liga). E no domingo há um dérbi com o Sporting.
Depois de ainda ter conseguido equilibrar a partida na primeira parte, o Benfica deixou-se dominar pelo Nápoles na segunda metade, cometendo vários erros defensivos e sem apresentar qualquer tipo de ideia de jogo ou intensidade.
Pizzi, que nos últimos tempos passou a ser o cérebro da equipa, foi totalmente anulado pelos médios dos italianos, incluindo o eslovaco Hamsik, a grande figura do Nápoles, que nos 72 minutos que esteve em campo fugiu quase sempre com facilidade à marcação rival.
O técnico Rui Vitória bem pode agradecer ao guarda-redes Ederson por não ter sofrido uma derrota pesada. O brasileiro efectuou uma mão cheia de grandes defesas, primeiro a impedir que os napolitanos abrissem o marcador e depois a negar que chegassem ao terceiro golo.
Com Raúl Jimenez a ser a surpresa no "onze" do Benfica, no lugar do grego Mitroglou, o Nápoles apresentou quase sempre um futebol mais intenso do que os "encarnados", que só a meio da primeira parte é que conseguiram apresentar alguma superioridade.
Primeiro Gonçalo Guedes, outras das figuras que se apresentou em baixo rendimento, teve uma perdida incrível, após um brinde da defesa adversário, e depois Salvio obrigou Reina a boa defesa, após boa jogada individual do argentino.
Não mais o Benfica até perto do final da partida voltou a incomodar o guarda-redes espanhol do Nápoles e italianos pegaram de vez no jogo.
O encontro só foi a zero para intervalo porque Ederson mostrou-se a grande nível primeiro perante Callejon, numa jogada que resultou num erro infantil de Nelson Semedo, e depois a Gabbiadini, que apareceu isolado.
Com o Besiktas a perder por 4-0 e actuar com menos uma unidade, as duas equipas regressaram ao relvado com o apuramento no "bolso" e com o Benfica, a actuar perante mais 50 mil adeptos, a ter a possibilidade garantir o primeiro lugar do grupo.
Tendo em conta esse cenário, com alguma estranheza, a formação lisboeta optou por diminuir ainda mais a sua intensidade no jogo e recuou as suas linhas, algo que o Nápoles, bem mais ambicioso, aproveitou para sair da Luz com a vitória.
Depois de Insigne já ter tido um falhanço incrível, Callejon abriu a contagem aos 60 minutos, depois de ter fugido com muita facilidade a Lindelof e à restante defensiva "encarnada", apanhada novamente a "dormir". Frente a Ederson, o espanhol só teve que picar a bola para as redes.
Em desvantagem, o máximo que o Benfica conseguiu foi um livre directo de Pizzi, que atirou ao lado, sem criar qualquer tipo de susto a Reina.
Com justiça, o Nápoles voltou a marcar, aos 79 minutos, pelo belga Mertens, que tinha rendido instantes antes Gabbiadini. O belga recebeu a bola à vontade à entrada, fez o que quis de Luisão e atirou com sucesso.
Vitória lançou Mitroglou no ataque para o lado de Jiménez e o Benfica conseguiu reduzir a diferença graças à persistência do mexicano, aos 87 minutos. Albiol, que era o último defesa dos forasteiros, perdeu a bola para o jogador do Benfica, que frente a Reina não falhou.
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