Célia Calete soube que estava doente poucos meses depois de ter sido mãe. Estava sempre cansada e chegou mesmo a cair com a filha ao colo. Chegou a ter de se injectar quase todos os dias. Hoje faz um tratamento por mês para controlar os sintomas
Esclerose múltipla: "Tinha uma bebé, não havia muito tempo para pensar no futuro"
Se não sabe quais são os sintomas da esclerose múltipla, poderá experienciá-los pessoalmente nos próximos meses. A doença, que afeta os sistema nervoso central, provoca dor, perda de sensibilidade nos braços e pernas, falta de equilíbrio e visão dupla. Para sentir na pele o que isso significa, a Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla criou uma exposição onde os visitantes poderão tentar pegar um caixa de cereais, abotoar uma camisa com luvas de borracha, usar umas barbatanas para caminhar e uma caixa com letras distorcidas. O desafio estará em exibição no Lagoas Park, em Oeiras, até ao final de junho e também no Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão, em Cascais.
Célia Calete vive com a doença há 16 anos e um ainda hoje tem dificuldade em explicar aos colegas e vizinhos por que razão, às vezes, caminha de forma estranha. "As pessoas pensam que estamos bêbados", conta à SÁBADO. Segundo a neurologista Lívia Sousa, chefe de serviço de neurologia e a responsável da consulta de doenças desmielinizantes do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, entre 6000 a 7000 portugueses sofrem de Esclerose Múltipla. Todos os anos surgem 400 a 500 novos casos.
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