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Administração do título criado por Hugh Hefner quer investir em clubes e outros produtos.
Por Correio da Manhã
Passados 64 anos desde que Marilyn Monroe apareceu na capa da primeira Playboy, a revista que trouxe à América (e ao mundo) uma revolução na sexualidade pode ter os dias contados. A morte de Hugh Hefner em 2017 está a levar a uma série de mudanças na gestão da empresa e uma das decisões em cima da mesa é fechar a revista.A notícia foi avançada esta segunda-feira pelo jornal Wall Street Journal, que diz que o fundo Rizvi Traverse, dona da maioria do capital da Playboy Enterprises, quer avançar para a compra dos 35% que Hefner deixou aos seus familiares. A estratégia passa por reforçar as receitas no que diz respeito à exploração do logotipo do coelhinho e apostar em novas parecerias com outras marcas. A parte editorial é considerada um investimento pouco rentável.
Coelhinhas da Playboy voltam a fazer capa da revista décadas depois"Queremos focar-nos naquilo que chamamos de ‘Mundo da Playboy, que é muito mais amplo que uma pequena e lendária publicação impressa", revelou ao WSJ Bem Kohn, manager do fundo Rizvi. "Queremos passar 2018 a fazer a transição de um negócio de media para uma empresa de gestão de marca", acrescenta.A revista tem sofrido várias mudanças desde 2011, com o objetivo de passar de uma publicação erótica para o segmento de lifestyle. Recentemente, a revista fez uma experiência de deixar de publicar fotos de nu total, procurando alargar a base de leitores, mas a iniciativa não foi bem-sucedida. Atualmente, a Playboy tem uma circulação de cerca de 500 mil exemplares nos Estados Unidos, bem longe dos 5,6 milhões que chegou a vender no seu pico, em 1975. A decisão de acabar com a edição impressa ainda não está tomada, mas é cada vez mais provável.
Segundo o WTJ, a Playboy acumula anualmente prejuízos a rondar os 6 milhões de euros e tem apenas seis edições anuais, metade dos números que saíam todos os meses no auge da publicação.
Agora, a empresa quer apostar sobretudo em clubes privados, bares e casinos em vários países. A marca conta também com uma linha de perfumes e pretende lançar mais produtos em várias áreas.
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