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SEF pediu vários bilhetes ao Benfica
Seguranças não revistaram Edi e amigos à entrada.
Por Correio da Manhã
"Entrámos [na discoteca Barrio Latino] por volta das 07h00 e ficámos até às 12h55. Estava a haver um ‘bate-boca’ com o segurança [Nuno Cardoso], que começou a calçar as luvas, mas saímos tranquilos. Cá fora, eu, o Edi e o outro colega vimos o segurança a correr na nossa direção com um ferro na mão. Tentámos fugir, mas ele deu logo com o ferro na cabeça do meu amigo. Desmaiou logo. Eu e o Edi tentámos recuar, mas já estávamos cercados. Vi-o a tirar a arma e o segurança a vir por trás de uns carros. Ele atacou o Edi com o ferro e eu gritei ‘cuidado’. O Edi levantou um braço para se defender, mas levou com o ferro. Foi aí que ouvi o disparo. Vi-o a cair e começámos a correr"
O relato é de um dos jovens envolvido no homicídio de Nuno Cardoso, o segurança morto há uma semana em Santos, Lisboa, que revela outra versão dos acontecimentos.
F., de 24 anos, presenciou tudo e afirma que Edi Miranda, de 17 anos, "disparou para se defender". O jovem relata que o grupo não foi revistado à entrada.
"Não tínhamos carro nenhum à porta. O Edi já tinha a arma com ele. Após o tiro, saltámos a rede da linha do comboio e fugimos cada um para seu lado. Sei que arma foi atirada para um caixote do lixo em Alfama, mas nem sabia que o Edi a trazia com ele", acrescenta. F. é testemunha no processo, enquanto Edi está em prisão preventiva. Entregou-se à PJ no dia seguinte ao crime. A arma ainda não foi recuperada.
O jovem adianta que o grupo gastou, em conjunto, "entre 500 a 600 euros só no bar". Conta que já eram "clientes da casa", "conhecidos dos seguranças e dos donos, que nem cobravam entrada. Diz que ainda não consegue perceber como começou a confusão e nega a versão dos colegas da vítima.
Nuno Cardoso, 42 anos, morreu com um tiro na cabeça.
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