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Gestão de activos: Capitalizar abre financiamento das PME aos fundos

14.06.2017 11:21 por Negócios 0
A criação das Sociedades de Investimento para Fomento da Economia (SIFE) e dos Certificados de Dívida de Curto Prazo abre uma nova oportunidade à indústria de gestão de fundos.
Por Patrícia Abreu - Jornal de Negócios

Os fundos vão poder reforçar o financiamento à economia portuguesa, através de novos instrumentos que entram em vigor no próximo ano. A criação das Sociedades de Investimento para Fomento da Economia (SIFE) e os Certificados de Dívida de Curto Prazo vão permitir à indústria investir em títulos de empresas de pequena e média dimensão nos quais antes não podiam entrar, devido a não cumprirem os requisitos necessários.Com a entrada em vigor do Orçamento do Estado para 2018, as empresas de menor dimensão do mercado português vão ter ao seu dispor novos mecanismos de financiamento. Quer os SIFE, quer os Certificados de Dívida de Curto Prazo têm como o objectivo permitir às empresas reforçar os seus capitais próprios, sendo estes títulos elegíveis para o investimento de fundos de investimento e fundos de pensões.O Programa Capitalizar resultou na "criação de novos instrumentos financeiros que permitam às empresas, em particular às PME, diversificar as respectivas fontes de financiamento", explicou José Veiga Sarmento, na sua apresentação realizada na cerimónia dos "Melhores Fundos 2017". Para o presidente da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Património (APFIPP), a indústria tem de investir em Portugal e os novos produtos lançados no âmbito deste programa permitem aos fundos reforçar o seu papel no financiamento da economia nacional. Indústria de gestão de activos vê-se obrigada a investir poupança nacional em empresas internacionais. José Veiga SarmentoPresidente da APFIPP  "Não podemos, no entanto, deixar de realçar o louvável esforço que o Governo tem feito, através da Estrutura de Missão para a Capitalização de Empresas, ao criar condições para que, no nosso quadro nacional de pequenas e médias empresas, seja possível o crescimento da actividade do mercado de capitais", enalteceu o responsável numa entrevista recente ao Negócios. Veiga Sarmento considera que as duas medidas aprovadas - SIFE e Certificados de Dívida de Curto Prazo - "são medidas de extraordinária relevância para a nossa indústria de gestão de activos, que se vê obrigada, até regulamentarmente, a investir a poupança nacional nas grandes empresas internacionais, perdendo a possibilidade de contribuir e de beneficiar do desenvolvimento da nossa economia".Estas medidas foram lançadas no âmbito de um programa que prevê dotar as empresas de novas alternativas de financiamento, nomeadamente as pequenas e médias empresas (PME), ajudando a reduzir a dependência do crédito bancário. Além dos novos instrumentos, o Executivo de António Costa comprometeu-se ainda a trabalhar no sentido de promover uma maior neutralidade no tratamento fiscal entre capital próprio e capital alheio.Os fundos de investimento nacionais mantinham, no final de Maio, 11.551,9 milhões de euros sob gestão, sendo que grande parte deste montante está alocado em títulos de dívida e acções de empresas estrangeiras. tome nota As medidas para capitalizar as empresas As medidas aprovadas no âmbito do Programa Capitalizar entrarão em vigor com o Orçamento do Estado para 2018. O objectivo é facilitar a capitalização através do recurso a capitais próprios.Sociedades para fomento da economiaTratam-se de sociedades cotadas em bolsa que têm como objecto social a tomada de participações de capital em sociedades que não têm dimensão para um acesso directo ao mercado de capitais. Este novo veículo de investimento permitirá, assim, o investimento em títulos emitidos por PME. Certificados de curto prazo Outra das medidas aprovadas para dinamizar o acesso ao mercado de capitais é a criação dos Certificados de Dívida de Curto Prazo. São títulos de dívida de curto prazo de PME elegível para investimento pelos organismos de investimento colectivo em valores mobiliários.Novo fundo de revitalizaçãoO Programa Capitalizar aprovou ainda a criação de um fundo de revitalização especialmente destinado às empresas que saiam de processos de recuperação. Este mecanismo pretende ajudar as empresas, que habitualmente encontram muitas dificuldades em obter financiamento bancário após uma reestruturação.Vistos Gold alargadosO Executivo quer atrair mais investimento e que este não seja só através do sector imobiliário, para onde é agora canalizado na sua esmagadora maioria. Assim, será possível a obtenção de uma autorização de residência por cidadãos estrangeiros que façam investimentos empresariais de pelo menos a 200.000 euros se se tratar de empresas em situação económica difícil, que estejam com um plano de recuperação. 

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Gestão de activos: Capitalizar abre financiamento das PME aos fundos

14.06.2017 11:21 por Negócios

A criação das Sociedades de Investimento para Fomento da Economia (SIFE) e dos Certificados de Dívida de Curto Prazo abre uma nova oportunidade à indústria de gestão de fundos.

Por Patrícia Abreu - Jornal de Negócios

Os fundos v&atilde;o poder refor&ccedil;ar o financiamento &agrave; economia portuguesa, atrav&eacute;s de novos instrumentos que entram em vigor no pr&oacute;ximo ano. A cria&ccedil;&atilde;o das Sociedades de Investimento para Fomento da Economia (SIFE) e os Certificados de D&iacute;vida de Curto Prazo v&atilde;o permitir &agrave; ind&uacute;stria investir em t&iacute;tulos de empresas de pequena e m&eacute;dia dimens&atilde;o nos quais antes n&atilde;o podiam entrar, devido a n&atilde;o cumprirem os requisitos necess&aacute;rios.Com a entrada em vigor do Or&ccedil;amento do Estado para 2018, as empresas de menor dimens&atilde;o do mercado portugu&ecirc;s v&atilde;o ter ao seu dispor novos mecanismos de financiamento. Quer os SIFE, quer os Certificados de D&iacute;vida de Curto Prazo t&ecirc;m como o objectivo permitir &agrave;s empresas refor&ccedil;ar os seus capitais pr&oacute;prios, sendo estes t&iacute;tulos eleg&iacute;veis para o investimento de fundos de investimento e fundos de pens&otilde;es.O Programa Capitalizar resultou na "cria&ccedil;&atilde;o de novos instrumentos financeiros que permitam &agrave;s empresas, em particular &agrave;s PME, diversificar as respectivas fontes de financiamento", explicou Jos&eacute; Veiga Sarmento, na sua apresenta&ccedil;&atilde;o realizada na cerim&oacute;nia dos "Melhores Fundos 2017". Para o presidente da Associa&ccedil;&atilde;o Portuguesa de Fundos de Investimento, Pens&otilde;es e Patrim&oacute;nio (APFIPP), a ind&uacute;stria tem de investir em Portugal e os novos produtos lan&ccedil;ados no &acirc;mbito deste programa permitem aos fundos refor&ccedil;ar o seu papel no financiamento da economia nacional. Ind&uacute;stria de gest&atilde;o de activos v&ecirc;-se obrigada a investir poupan&ccedil;a nacional em empresas internacionais. Jos&eacute; Veiga SarmentoPresidente da APFIPP&nbsp; "N&atilde;o podemos, no entanto, deixar de real&ccedil;ar o louv&aacute;vel esfor&ccedil;o que o Governo tem feito, atrav&eacute;s da Estrutura de Miss&atilde;o para a Capitaliza&ccedil;&atilde;o de Empresas, ao criar condi&ccedil;&otilde;es para que, no nosso quadro nacional de pequenas e m&eacute;dias empresas, seja poss&iacute;vel o crescimento da actividade do mercado de capitais", enalteceu o respons&aacute;vel numa entrevista recente ao Neg&oacute;cios. Veiga Sarmento considera que as duas medidas aprovadas - SIFE e Certificados de D&iacute;vida de Curto Prazo - "s&atilde;o medidas de extraordin&aacute;ria relev&acirc;ncia para a nossa ind&uacute;stria de gest&atilde;o de activos, que se v&ecirc; obrigada, at&eacute; regulamentarmente, a investir a poupan&ccedil;a nacional nas grandes empresas internacionais, perdendo a possibilidade de contribuir e de beneficiar do desenvolvimento da nossa economia".Estas medidas foram lan&ccedil;adas no &acirc;mbito de um programa que prev&ecirc; dotar as empresas de novas alternativas de financiamento, nomeadamente as pequenas e m&eacute;dias empresas (PME), ajudando a reduzir a depend&ecirc;ncia do cr&eacute;dito banc&aacute;rio. Al&eacute;m dos novos instrumentos, o Executivo de Ant&oacute;nio Costa comprometeu-se ainda a trabalhar no sentido de promover uma maior neutralidade no tratamento fiscal entre capital pr&oacute;prio e capital alheio.Os fundos de investimento nacionais mantinham, no final de Maio, 11.551,9 milh&otilde;es de euros sob gest&atilde;o, sendo que grande parte deste montante est&aacute; alocado em t&iacute;tulos de d&iacute;vida e ac&ccedil;&otilde;es de empresas estrangeiras. tome nota As medidas para capitalizar as empresas As medidas aprovadas no &acirc;mbito do Programa Capitalizar entrar&atilde;o em vigor com o Or&ccedil;amento do Estado para 2018. O objectivo &eacute; facilitar a capitaliza&ccedil;&atilde;o atrav&eacute;s do recurso a capitais pr&oacute;prios.<strong>Sociedades para fomento da economia</strong>Tratam-se de sociedades cotadas em bolsa que t&ecirc;m como objecto social a tomada de participa&ccedil;&otilde;es de capital em sociedades que n&atilde;o t&ecirc;m dimens&atilde;o para um acesso directo ao mercado de capitais. Este novo ve&iacute;culo de investimento permitir&aacute;, assim, o investimento em t&iacute;tulos emitidos por PME. <strong>Certificados de curto prazo</strong> Outra das medidas aprovadas para dinamizar o acesso ao mercado de capitais &eacute; a cria&ccedil;&atilde;o dos Certificados de D&iacute;vida de Curto Prazo. S&atilde;o t&iacute;tulos de d&iacute;vida de curto prazo de PME eleg&iacute;vel para investimento pelos organismos de investimento colectivo em valores mobili&aacute;rios.<strong>Novo fundo de revitaliza&ccedil;&atilde;o</strong>O Programa Capitalizar aprovou ainda a cria&ccedil;&atilde;o de um fundo de revitaliza&ccedil;&atilde;o especialmente destinado &agrave;s empresas que saiam de processos de recupera&ccedil;&atilde;o. Este mecanismo pretende ajudar as empresas, que habitualmente encontram muitas dificuldades em obter financiamento banc&aacute;rio ap&oacute;s uma reestrutura&ccedil;&atilde;o.<strong>Vistos Gold alargados</strong>O Executivo quer atrair mais investimento e que este n&atilde;o seja s&oacute; atrav&eacute;s do sector imobili&aacute;rio, para onde &eacute; agora canalizado na sua esmagadora maioria. Assim, ser&aacute; poss&iacute;vel a obten&ccedil;&atilde;o de uma autoriza&ccedil;&atilde;o de resid&ecirc;ncia por cidad&atilde;os estrangeiros que fa&ccedil;am investimentos empresariais de pelo menos a 200.000 euros se se tratar de empresas em situa&ccedil;&atilde;o econ&oacute;mica dif&iacute;cil, que estejam com um plano de recupera&ccedil;&atilde;o.&nbsp;<br/>

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