A investigação está praticamente no fim e a tese da Polícia Judiciária (PJ) é lapidar: o antigo presidente do Conselho Directivo da Administração Regional de Saúde e Vale do Tejo (ARSLVT), Luís Cunha Ribeiro, e vários membros de júris de concursos públicos foram corrompidos nos negócios milionários de compra de produtos hemoderivados e plasma humano para o Serviço Nacional de Saúde (SNS). O corruptor? O grupo Octapharma e Paulo Lalanda Castro, o antigo patrão de José Sócrates.
"(…) Foi possível reunir indícios que permitem concluir que Paulo Lalanda Castro, na sua actividade por conta do grupo Octapharma, logrou aliciar para a defesa dos interesses deste diversos médicos da especialidade de imunohemoterapia que, desde o CP [Concurso Público] 19/98, tomaram parte no processo de decisão dos procedimentos concursais para aquisição de plasma humano inactivado e hemoderivados para o SNS", segundo refere um relatório de 130 páginas da PJ, datado de Maio passado, a que a SÁBADO teve acesso.
Remetido à magistrada do Ministério Público (MP) titular do inquérito, Ana Paula Vitorino (actual assessora da procuradora distrital de Lisboa, Maria José Morgado), o documento também é claro no que está em causa num processo que se encontra próximo do fim e a que os arguidos já tem acesso legal: "Para o efeito, Paulo Lalanda Castro (…) abordou pessoas da sua confiança que pudessem participar no processo de decisão do SNS, dos hospitais, unidades de saúde e/ou do IPST [Instituto Português do Sangue e Transplantação], quando da realização de concursos para fornecimento destes produtos e/ou serviços e – mediante a atribuição àquelas de diversas vantagens de carácter patrimonial e não patrimonial – garantiu que as mesmas defendiam os interesses privados de Paulo Lalanda Castro e do grupo de empresas de que o mesmo fazia parte."
Leia toda a história na edição nº 708 da revista SÁBADO, de 23 de Novembro de 2017.
Para poder adicionar esta notícia deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da SÁBADO, efectue o seu registo gratuito.
BE exige uso da "folga" financeira de 2017
PS afirma-se comprometido com "convergência" de esquerda mas com "gradualismo"
PSD defende que existência de folga orçamental é "uma ficção"
Vieira da Silva nega tratamento especial a relatório crítico da gestão de Santana
Paulo Lalanda Castro e a Octapharma deverão ser acusados de corrupção. Judiciária encontrou pagamentos de mais de um milhão de euros em viagens a médicos e júris de concursos.
A investigação está praticamente no fim e a tese da Polícia Judiciária (PJ) é lapidar: o antigo presidente do Conselho Directivo da Administração Regional de Saúde e Vale do Tejo (ARSLVT), Luís Cunha Ribeiro, e vários membros de júris de concursos públicos foram corrompidos nos negócios milionários de compra de produtos hemoderivados e plasma humano para o Serviço Nacional de Saúde (SNS). O corruptor? O grupo Octapharma e Paulo Lalanda Castro, o antigo patrão de José Sócrates.
"(…) Foi possível reunir indícios que permitem concluir que Paulo Lalanda Castro, na sua actividade por conta do grupo Octapharma, logrou aliciar para a defesa dos interesses deste diversos médicos da especialidade de imunohemoterapia que, desde o CP [Concurso Público] 19/98, tomaram parte no processo de decisão dos procedimentos concursais para aquisição de plasma humano inactivado e hemoderivados para o SNS", segundo refere um relatório de 130 páginas da PJ, datado de Maio passado, a que a SÁBADO teve acesso.
Remetido à magistrada do Ministério Público (MP) titular do inquérito, Ana Paula Vitorino (actual assessora da procuradora distrital de Lisboa, Maria José Morgado), o documento também é claro no que está em causa num processo que se encontra próximo do fim e a que os arguidos já tem acesso legal: "Para o efeito, Paulo Lalanda Castro (…) abordou pessoas da sua confiança que pudessem participar no processo de decisão do SNS, dos hospitais, unidades de saúde e/ou do IPST [Instituto Português do Sangue e Transplantação], quando da realização de concursos para fornecimento destes produtos e/ou serviços e – mediante a atribuição àquelas de diversas vantagens de carácter patrimonial e não patrimonial – garantiu que as mesmas defendiam os interesses privados de Paulo Lalanda Castro e do grupo de empresas de que o mesmo fazia parte."
Leia toda a história na edição nº 708 da revista SÁBADO, de 23 de Novembro de 2017.
É expressamente proibida a reprodução na totalidade ou em parte, em qualquer tipo de suporte, sem prévia permissão por escrito da Cofina Media - Grupo Cofina. Consulte as condições legais de utilização.