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Debate da Ordem dos Farmacêuticos

Plantar erva em casa? Filipa tenta, especialistas debatem

30.03.2017 20:00 por Raquel Lito 407
A consumidora de 29 anos arriscou fazer uma pequena estufa em casa. A planta murchou, mas a própria explica à SÁBADO a razão da tentativa. O psiquiatra que a acompanha levou a questão ao debate, na passada terça-feira. Dali saiu uma novidade: uma associação de apoio à regulamentação e estudo da canábis
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Plantar erva em casa? Filipa tenta, especialistas debatem
No recanto do quarto de arrumos, onde Filipa costuma passar a ferro, há uma estufa experimental. É pequena, construída pela própria e pelo namorado, com varas de madeira e coberta por um plástico. O casal testou-a há um mês e meio, mas não foi bem-sucedido. A humidade e o frio estragaram-lhes os planos da plantação doméstica de três pés de canábis (das estirpes OG Kush e Amnesia) para efeitos de consumo.

Filipa revela à SÁBADO o que a levou a arriscar. "Foi o facto de hoje em dia não fumar como fumava antigamente e porque comprar na rua é mais complicado. Sendo mulher, sinto-me insegura a ir comprar sozinha. Toda a gente fica a olhar, porque já não saio como saía antigamente e já não me conhecem. Vejo chavalada nova a consumir." O haxixe que encontra por aí também não lhe inspira confiança, porque teme que seja adulterado com químicos ou substâncias que desconhece. "Não sabemos como é feito. Gosto mais do sabor da erva. Sendo caseira, acaba por ser mais natural e não agarra tanto."

Filipa consome canábis há mais de dez anos; primeiro em contexto recreativo, depois para abstrair-se dos problemas
Filipa consome canábis há mais de dez anos; primeiro em contexto recreativo, depois para abstrair-se dos problemas
Filipa consome canábis há mais de dez anos; primeiro em contexto recreativo, depois para abstrair-se dos problemas

A consumidora de 29 anos sabe que o procedimento é ilegal, teve algum receio da tentativa, mas argumenta que, entre plantar em casa a substância ou comprá-la na rua, sozinha e à noite, seria preferível a primeira opção. Inexperiente no cultivo, fez pesquisas na Internet para encontrar informações. "Aquilo é complicado porque é preciso controlar a temperatura e a luz. Não ficou nenhuma planta para a história." 

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Governo aceita projectos de plantação de canábis em Portugal
Psiquiatra de Filipa organiza debate 
É um tema fracturante e que exige reflexão aprofundada, motivo pelo qual o psiquiatra de Filipa, Luís Patrício (co-fundador do centro de desintoxicação das Taipas) organizou o debate Redução de riscos na utilização da canábis: compra na rua ou planta em casa, com o apoio da Ordem dos Farmacêuticos, na terça-feira passada (dia 28), no Sana Malhoa Hotel, em Lisboa. Filipa gostaria de ter assistido à sessão do médico que a acompanha desde os 24 anos, mas não pôde devido à distância (vive na região de Santarém) e por ser dia de trabalho.

A lojista posiciona-se na etapa de transição do consumo: já atingiu o pico, quando fumava dez ou mais charros por dia, e agora reduziu para meio de manhã e meio à noite. Está decidida a largar o vício de mais de uma década, com a ajuda do médico. "Estou mesmo a tentar deixar de fumar. Há dias que nem fumo, se estiver distraída." 

O debate decorreu na passada terça-feira, à noite, com o apoio da Ordem dos Farmacêuticos. Foi moderado por Ana Mirco, membro da direcção da Ordem
O debate decorreu na passada terça-feira, à noite, com o apoio da Ordem dos Farmacêuticos. Foi moderado por Ana Mirco, membro da direcção da Ordem
O debate decorreu na passada terça-feira, à noite, com o apoio da Ordem dos Farmacêuticos. Foi moderado por Ana Mirco, membro da direcção da Ordem

Consumo para aliviar sofrimento 
A estreia de Filipa no consumo aconteceu aos 18 anos, em contexto recreativo. Numa festa de amigos, bebeu uma cerveja e decidiu experimentar uma "ganza" (na gíria do meio significa cigarro de erva ou de haxixe, enrolado com tabaco). Primeiro ficou maldisposta, depois sentiu-se calma e sociável. Rapidamente passou a fumá-las aos fins-de-semana, a seguir todas as noites. Tornou-se um vício, sobretudo para quem queria aliviar o sofrimento de um cenário de violência doméstica. 

Vítima de maus tratos do ex-namorado, Filipa encontrava na substância a via rápida de alheamento. "Enchendo a cabeça de fumo, esquecia-me um bocado." Com frequência foi aliciada a experimentar outras drogas do cardápio das raves – cocaína, ácidos, quetamina, MD –, mas recusou por temer perder o controlo. "Nunca me puxou para aquilo. Tinha medo de estragar o resto da minha vida. Sentia-me um bocadinho deslocada. Não conseguia aguentar como as outras pessoas, adormecia às duas ou três da manhã e eles continuavam durante dois dias."

Quando havia sobressaltos nestas festas de longa duração – alguns excediam-se nos consumos e procuravam apoio numa tenda médica –, os próprios relativizavam. Tradução: após o atendimento médico, os participantes voltavam à pista de ambiente legalize (despenalização da posse, consumo e cultivo de drogas).  

O estado psicológico de Filipa agravou-se quando a mãe sofreu um cancro. Tinha 24 anos e procurou o apoio do psiquiatra Luís Patrício ("aí veio tudo à tona"). Questionado pela SÁBADO sobre os progressos da consumidora, o médico é peremptório: "Tem apresentado muito boa adesão terapêutica, com melhoria do humor e da dinâmica no núcleo familiar. Teve uma manifesta redução do consumo, um resultado positivo na obtenção de trabalho, um reforço de auto-estima e a projecção no futuro com pedido de casamento."

Um dos painéis informativos, que passou durante o debate
Um dos painéis informativos, que passou durante o debate
Um dos painéis informativos, que passou durante o debate

Além dos aspectos enumerados, Luís Patrício refere que a paciente "manifesta interiorização dos riscos inerentes ao consumo". Filipa queixava-se das falhas de memória a curto prazo, agora mais atenuadas – na fase de maior consumo, não conseguia ter uma conversa fluída porque esquecia-se do que o interlocutor acabara de dizer –; sofria de incontinência urinária à noite e tinha a pele seca. "Hoje em dia tenho uma pele mais macia e brilhante."

Juízes e psiquiatras perante activistas       
No debate Compra na rua ou planta em casa, Luís Patrício ressalva que não aconselha a consumir ou a produzir, mas desmistifica a questão – que até hoje não reúne consenso. "Como profissional de saúde compete-me reduzir os riscos inerentes a um comportamento de consumo, e tendo ocorrido danos compete-me tratar deles e prevenir a reincidência ou derivação para outros comportamentos de risco para a saúde."

A juíza Dora Dinis recorda um caso de sucesso: um consumidor de canábis, que praticava furtos, curou-se numa comunidade terapêutica em vez de ser preso preventivamente
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A juíza Dora Dinis recorda um caso de sucesso: um consumidor de canábis, que praticava furtos, curou-se numa comunidade terapêutica em vez de ser preso preventivamente


Entre o painel de especialistas, a juíza Dora Dinis recorda um caso de sucesso. Em 2007, quando fazia a instrução na comarca de Vila Franca, chegou-lhe o processo de um consumidor de grandes quantidades de canábis, com cerca de 20 anos, detido em flagrante delito. Na sequência do furto, foi levado a interrogatório judicial para que lhe fosse aplicada a medida de coacção: ou seria preso preventivamente ou faria o tratamento numa comunidade terapêutica.  

O arguido praticava furtos sequenciais. "Tudo levava a crer que os furtos visavam sustentar o vício, uma vez que o indivíduo em causa não trabalhava", conta a magistrada à SÁBADO, que, dadas as circunstâncias, deu-lhe a hipótese de tratamento. "Foi para a Associação Vale de Acór [Almada] onde esteve internado vários meses."

Um ano depois da desintoxicação, a juíza recebeu uma visita inesperada. Por norma, não atende ninguém para manter a imparcialidade. Mas ao ser informada pelos funcionários do tribunal que era a mãe do ex-consumidor, abriu uma excepção e recebeu-a. "A
 senhora vinha agradecer porque o filho tinha feito o tratamento, estava bem e a trabalhar. Tinha recuperado e estava no bom caminho. Foi muito gratificante." 

Vem aí uma associação   

Na assistência, há vários activistas e ex-toxicodependentes (que não gostam deste termo, porque consideram-no estigmatizante). Luís Filipe Figueiredo, professor universitário e militante socialista, pede para intervir porque tem uma novidade para apresentar: "Está a ser criada uma Associação para a Legalização da Canábis." 

A assistência foi bastante participativa, através da intervenção de vários activistas e ex-toxicodependentes
A assistência foi bastante participativa, através da intervenção de vários activistas e ex-toxicodependentes
A assistência foi bastante participativa, através da intervenção de vários activistas e ex-toxicodependentes

João Costa, 22 anos, é outro dinamizador do projecto e explica posteriormente à SÁBADO qual é a carta de intenções. "A missão da associação deverá ser influenciar o debate sobre a regulamentação da canábis e exigir uma mudança de paradigma na política de drogas. Esta intenção visa garantir que, em Portugal, possam surgir uma série de alterações legislativas que permitam o cultivo, transformação e distribuição da canábis em território nacional e de uma forma sustentável. Uma vez criada uma voz comum e coordenada entre todos, pretendemos afirmar-nos como uma entidade de referência com o poder de influenciar este importante debate."

À esq., Luís Patrício, o psiquiatra que organizou o debate; ao lado, João Costa, 22 anos, membro da Associação da Legalização da Canábis que entrará em funções dentro de dias
À esq., Luís Patrício, o psiquiatra que organizou o debate; ao lado, João Costa, 22 anos, membro da Associação da Legalização da Canábis que entrará em funções dentro de dias
À esq., Luís Patrício, o psiquiatra que organizou o debate; ao lado, João Costa, 22 anos, membro da Associação da Legalização da Canábis que entrará em funções dentro de dias

O início da actividade será para breve, embora sem data definida vai arrancar dentro de dias como uma plataforma de trabalhos e estudos na área. "Queremos congregar o maior número de activistas, políticos, médicos, cientistas, profissionais da área da saúde, consumidores e não consumidores de canábis. Assim conseguiremos reunir o máximo de informações objectivas relevantes, tanto no processo de regulação da canábis a nível nacional e internacional, como nas respectivas áreas de investigação científica, histórica e social, assumindo um papel que promova e divulgue o debate sobre este tema em Portugal."  

A problemática no Brasil 
Num país onde a população prisional por tráfico de droga atinge 150 mil pessoas (quando em 2005 eram 32 mil) e onde o poder legislativo permanece conservador, há profissionais de saúde a pedir mudança. Em termos genéricos, no Brasil "quem é rico passa por consumidor; quem é pobre por traficante". O retrato é traçado à SÁBADO por Eduardo Ledo, conceituado psiquiatra da Bahia, de 53 anos, também interveniente no debate. "Permanece absolutamente ilegal, embora haja uma certa tolerância no sentido de estabelecer uma diferença entre o consumidor e o traficante. Quem decide quem é o traficante e o consumidor é o juiz, mas em última instância é o delegado [sub-comissário] de polícia." 

O psiquiatra brasileiro, Eduardo Ledo, subscreve a posição de um juiz do Supremo Tribunal Federal que defende a legalização e cultivo da planta para fins de consumo
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O psiquiatra brasileiro, Eduardo Ledo, subscreve a posição de um juiz do Supremo Tribunal Federal que defende a legalização e cultivo da planta para fins de consumo


Acerca da produção caseira da substância psicoactiva (vulgo maconha, no jargão brasileiro), o médico explica é "totalmente proibida", contudo está em análise uma eventual mudança. No início de Fevereiro passado, Luís Roberto Barroso, juiz do Supremo Tribunal Federal foi notícia por defender a descriminalização da posse e cultivo da planta para fins de consumo. Eduardo Ledo subscreve a posição do magistrado, "uma vez que isso distanciaria as crianças e jovens do contacto com o tráfico de drogas". Dito de outra maneira, "a possibilidade de plantar em casa para consumo próprio seria uma das formas de diminuir a procura para o tráfico de drogas", remata.  


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Schieder Da SilvaHá 2 semanas

Faz muitos anos aträs,em que os fumadores menos abastados andavam a apanhar beatas do chao para satisfazer o vìcio.
Estes desgracados nao conseguem ver que a vida deles ronda em volta dos vìcios que lhes encurtam a vida em prlo menos 20 anos
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AnónimoHá 2 semanas

eu fujo é a 7 pés das drogas legais psicoactivas ...impotência sexual(inclusivé permanente depois de deixar de tomar),queda de cabelo,morte súbita,paralisia,suicídio,homicídio,adição,desmame pior que heroína....diabetes,hipertensão...etc,etc,etc,etc
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// Debate da Ordem dos Farmacêuticos

Plantar erva em casa? Filipa tenta, especialistas debatem

30.03.2017 20:00 por Raquel Lito

A consumidora de 29 anos arriscou fazer uma pequena estufa em casa. A planta murchou, mas a própria explica à SÁBADO a razão da tentativa. O psiquiatra que a acompanha levou a questão ao debate, na passada terça-feira. Dali saiu uma novidade: uma associação de apoio à regulamentação e estudo da canábis

Plantar erva em casa? Filipa tenta, especialistas debatem

No recanto do quarto de arrumos, onde Filipa costuma passar a ferro, há uma estufa experimental. É pequena, construída pela própria e pelo namorado, com varas de madeira e coberta por um plástico. O casal testou-a há um mês e meio, mas não foi bem-sucedido. A humidade e o frio estragaram-lhes os planos da plantação doméstica de três pés de canábis (das estirpes OG Kush e Amnesia) para efeitos de consumo.

Filipa revela à SÁBADO o que a levou a arriscar. "Foi o facto de hoje em dia não fumar como fumava antigamente e porque comprar na rua é mais complicado. Sendo mulher, sinto-me insegura a ir comprar sozinha. Toda a gente fica a olhar, porque já não saio como saía antigamente e já não me conhecem. Vejo chavalada nova a consumir." O haxixe que encontra por aí também não lhe inspira confiança, porque teme que seja adulterado com químicos ou substâncias que desconhece. "Não sabemos como é feito. Gosto mais do sabor da erva. Sendo caseira, acaba por ser mais natural e não agarra tanto."

A consumidora de 29 anos sabe que o procedimento é ilegal, teve algum receio da tentativa, mas argumenta que, entre plantar em casa a substância ou comprá-la na rua, sozinha e à noite, seria preferível a primeira opção. Inexperiente no cultivo, fez pesquisas na Internet para encontrar informações. "Aquilo é complicado porque é preciso controlar a temperatura e a luz. Não ficou nenhuma planta para a história." 

Psiquiatra de Filipa organiza debate 
É um tema fracturante e que exige reflexão aprofundada, motivo pelo qual o psiquiatra de Filipa, Luís Patrício (co-fundador do centro de desintoxicação das Taipas) organizou o debate Redução de riscos na utilização da canábis: compra na rua ou planta em casa, com o apoio da Ordem dos Farmacêuticos, na terça-feira passada (dia 28), no Sana Malhoa Hotel, em Lisboa. Filipa gostaria de ter assistido à sessão do médico que a acompanha desde os 24 anos, mas não pôde devido à distância (vive na região de Santarém) e por ser dia de trabalho.

A lojista posiciona-se na etapa de transição do consumo: já atingiu o pico, quando fumava dez ou mais charros por dia, e agora reduziu para meio de manhã e meio à noite. Está decidida a largar o vício de mais de uma década, com a ajuda do médico. "Estou mesmo a tentar deixar de fumar. Há dias que nem fumo, se estiver distraída." 

Consumo para aliviar sofrimento 
A estreia de Filipa no consumo aconteceu aos 18 anos, em contexto recreativo. Numa festa de amigos, bebeu uma cerveja e decidiu experimentar uma "ganza" (na gíria do meio significa cigarro de erva ou de haxixe, enrolado com tabaco). Primeiro ficou maldisposta, depois sentiu-se calma e sociável. Rapidamente passou a fumá-las aos fins-de-semana, a seguir todas as noites. Tornou-se um vício, sobretudo para quem queria aliviar o sofrimento de um cenário de violência doméstica. 

Vítima de maus tratos do ex-namorado, Filipa encontrava na substância a via rápida de alheamento. "Enchendo a cabeça de fumo, esquecia-me um bocado." Com frequência foi aliciada a experimentar outras drogas do cardápio das raves – cocaína, ácidos, quetamina, MD –, mas recusou por temer perder o controlo. "Nunca me puxou para aquilo. Tinha medo de estragar o resto da minha vida. Sentia-me um bocadinho deslocada. Não conseguia aguentar como as outras pessoas, adormecia às duas ou três da manhã e eles continuavam durante dois dias."

Quando havia sobressaltos nestas festas de longa duração – alguns excediam-se nos consumos e procuravam apoio numa tenda médica –, os próprios relativizavam. Tradução: após o atendimento médico, os participantes voltavam à pista de ambiente legalize (despenalização da posse, consumo e cultivo de drogas).  

O estado psicológico de Filipa agravou-se quando a mãe sofreu um cancro. Tinha 24 anos e procurou o apoio do psiquiatra Luís Patrício ("aí veio tudo à tona"). Questionado pela SÁBADO sobre os progressos da consumidora, o médico é peremptório: "Tem apresentado muito boa adesão terapêutica, com melhoria do humor e da dinâmica no núcleo familiar. Teve uma manifesta redução do consumo, um resultado positivo na obtenção de trabalho, um reforço de auto-estima e a projecção no futuro com pedido de casamento."

Além dos aspectos enumerados, Luís Patrício refere que a paciente "manifesta interiorização dos riscos inerentes ao consumo". Filipa queixava-se das falhas de memória a curto prazo, agora mais atenuadas – na fase de maior consumo, não conseguia ter uma conversa fluída porque esquecia-se do que o interlocutor acabara de dizer –; sofria de incontinência urinária à noite e tinha a pele seca. "Hoje em dia tenho uma pele mais macia e brilhante."

Juízes e psiquiatras perante activistas       
No debate Compra na rua ou planta em casa, Luís Patrício ressalva que não aconselha a consumir ou a produzir, mas desmistifica a questão – que até hoje não reúne consenso. "Como profissional de saúde compete-me reduzir os riscos inerentes a um comportamento de consumo, e tendo ocorrido danos compete-me tratar deles e prevenir a reincidência ou derivação para outros comportamentos de risco para a saúde."

Entre o painel de especialistas, a juíza Dora Dinis recorda um caso de sucesso. Em 2007, quando fazia a instrução na comarca de Vila Franca, chegou-lhe o processo de um consumidor de grandes quantidades de canábis, com cerca de 20 anos, detido em flagrante delito. Na sequência do furto, foi levado a interrogatório judicial para que lhe fosse aplicada a medida de coacção: ou seria preso preventivamente ou faria o tratamento numa comunidade terapêutica.  

O arguido praticava furtos sequenciais. "Tudo levava a crer que os furtos visavam sustentar o vício, uma vez que o indivíduo em causa não trabalhava", conta a magistrada à SÁBADO, que, dadas as circunstâncias, deu-lhe a hipótese de tratamento. "Foi para a Associação Vale de Acór [Almada] onde esteve internado vários meses."

Um ano depois da desintoxicação, a juíza recebeu uma visita inesperada. Por norma, não atende ninguém para manter a imparcialidade. Mas ao ser informada pelos funcionários do tribunal que era a mãe do ex-consumidor, abriu uma excepção e recebeu-a. "A
 senhora vinha agradecer porque o filho tinha feito o tratamento, estava bem e a trabalhar. Tinha recuperado e estava no bom caminho. Foi muito gratificante." 

Vem aí uma associação   

Na assistência, há vários activistas e ex-toxicodependentes (que não gostam deste termo, porque consideram-no estigmatizante). Luís Filipe Figueiredo, professor universitário e militante socialista, pede para intervir porque tem uma novidade para apresentar: "Está a ser criada uma Associação para a Legalização da Canábis." 



João Costa, 22 anos, é outro dinamizador do projecto e explica posteriormente à SÁBADO qual é a carta de intenções. "A missão da associação deverá ser influenciar o debate sobre a regulamentação da canábis e exigir uma mudança de paradigma na política de drogas. Esta intenção visa garantir que, em Portugal, possam surgir uma série de alterações legislativas que permitam o cultivo, transformação e distribuição da canábis em território nacional e de uma forma sustentável. Uma vez criada uma voz comum e coordenada entre todos, pretendemos afirmar-nos como uma entidade de referência com o poder de influenciar este importante debate."

O início da actividade será para breve, embora sem data definida vai arrancar dentro de dias como uma plataforma de trabalhos e estudos na área. "Queremos congregar o maior número de activistas, políticos, médicos, cientistas, profissionais da área da saúde, consumidores e não consumidores de canábis. Assim conseguiremos reunir o máximo de informações objectivas relevantes, tanto no processo de regulação da canábis a nível nacional e internacional, como nas respectivas áreas de investigação científica, histórica e social, assumindo um papel que promova e divulgue o debate sobre este tema em Portugal."  

A problemática no Brasil 
Num país onde a população prisional por tráfico de droga atinge 150 mil pessoas (quando em 2005 eram 32 mil) e onde o poder legislativo permanece conservador, há profissionais de saúde a pedir mudança. Em termos genéricos, no Brasil "quem é rico passa por consumidor; quem é pobre por traficante". O retrato é traçado à SÁBADO por Eduardo Ledo, conceituado psiquiatra da Bahia, de 53 anos, também interveniente no debate. "Permanece absolutamente ilegal, embora haja uma certa tolerância no sentido de estabelecer uma diferença entre o consumidor e o traficante. Quem decide quem é o traficante e o consumidor é o juiz, mas em última instância é o delegado [sub-comissário] de polícia." 


Acerca da produção caseira da substância psicoactiva (vulgo maconha, no jargão brasileiro), o médico explica é "totalmente proibida", contudo está em análise uma eventual mudança. No início de Fevereiro passado, Luís Roberto Barroso, juiz do Supremo Tribunal Federal foi notícia por defender a descriminalização da posse e cultivo da planta para fins de consumo. Eduardo Ledo subscreve a posição do magistrado, "uma vez que isso distanciaria as crianças e jovens do contacto com o tráfico de drogas". Dito de outra maneira, "a possibilidade de plantar em casa para consumo próprio seria uma das formas de diminuir a procura para o tráfico de drogas", remata.  

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