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Incêndios

O relato emotivo de quem vive o fogo na aldeia à distância

16.10.2017 16:11 por Leonor Riso 349
Beatriz Rodrigues Lopes escreveu no Facebook sobre Catarinões, a sua aldeia: "As desgraças que noticias são tantas que já encaras tudo com frieza, não é miúda? Pois bem, agora chegou a ti e aos teus."
  • 3184

Beatriz Rodrigues Lopes é de Catarinões, uma aldeia do concelho de Cantanhede, em Coimbra. Passou quase todo o dia de sábado em casa, onde testemunhou a calma antes da tempestade: depois das 17h45, quando apanhou em Tocha o autocarro expresso rumo a Lisboa, as chamas chegaram a Catarinões, conta à SÁBADO. 

A casa de Beatriz não foi afectada pelo fogo. Os bombeiros vieram quando o incêndio alcançou os vizinhos nas traseiras. O domingo foi de aflição, longe de casa: sentimento que levou a estudante de jornalismo e estagiária na rádio Antena 1 a escrever um texto emotivo nas redes sociais, que pode ler abaixo. 

04h55
A tua rica aldeia
Passas pela Rua do Largo, a um Sábado, à hora de almoço. Do lado direito, está um dos vizinhos a pintar o muro de branco em cima de um escadote, já com as marcas das cavas, tal é o calor. A vinte passos, a Idália oferece um quilo de maçãs a quem passa, "os pomares estão carregadinhos", diz ela, não fossem as maçãs fruto do amor que investe todas as tardes. No jardim, ao lado daquela casa, vês a tua avó, com uma moleta na mão e com o motor de cortar a relva na outra. A teimosia há-de viver sempre com ela... Num dia, queixa-se das costas, no dia seguinte, queixa-se dos braços, mas nada a impede de deixar o lar, onde vive há 80 anos, mais "airoso". Lá te sentas com ela nas cadeiras de madeira no alpendre. Dá para tudo: para falar mal da Manuela, para falar bem do Manuel... Naquela tarde, calhou falar de velhice. Vive muito bem com ela. Gaba-se do que faz aos filhos, dos netos que tem, das galinhas que há-de depenar, dos feijões que já crescem... Diz que só sai daquela casa arrastada. Ouvir a palavra "lar" dá-lhe arrepios e quando lhe dizes para ir "lá para casa", bate com a moleta no chão em sinal de protesto.

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Nunca agradeces nada a ninguém mas, naquela tarde, deu-te para dizer um "obrigada" em voz alta. Com a esperança de que alguém te ouvisse. Estavas feliz. A tua aldeia deixa-te feliz. E as pessoas que lá vivem, também.

Pegas na bicicleta e voltas para casa. Os cinco velhotes da aldeia, que marcam encontro no cruzamento, dizem-te que estás uma "moça crescida" e tu páras por dois minutos... desta vez, para falar mal da Manuela e bem do Manuel. Não é bonito, mas eles adoram uns dois ou três dedos de conversa.

Chegas a casa. És recebida com uma lambidela do teu cão que passa os dias sozinho, mas que nunca amua na hora do reencontro. Fazes as malas muito rápido, voltas para Lisboa. As viagens longas dão sempre lugar a uma imensidão de pensamentos disparatados e insensatos.
Naquela noite, deu-te para questionar todas as ambições profissionais que te vão roubando o tempo e que te fazem valorizar as maçãs com bicho (mas saborosas) e os dois minutos de conversa com o Tio Belmiro.

Chegas a Lisboa. Tens tempo para sair à rua, esticar as pernas, beber um copo pelo Chiado, ir a um concerto de Jazz, comer um pastel de nata enquanto passeias pelo Cais do Sodré. Recebes uma chamada. Recebes duas chamadas. Recebes três chamadas... Às vezes lá as vais ignorando, tendo em conta que a tua avó te liga quatro vezes por dia e faz sempre as mesmas perguntas: se comeste ou dormiste bem. À quarta chamada, ficas a saber que a tua aldeia está a arder. O senhor que pintava o muro, que hoje já não deverá ser tão branco, saiu de casa com a família. Ninguém sabe da Idália. A avó Deolinda não quer sair de casa, nem deixar para trás nada que lhe pertença. Mas lá vai, com a restante família. O teu cão é metido numa carrinha para o caso de ser necessário partir. Os velhotes não hão-de dormir, tal é o peso do coração que carregam nas mãos e dos pés de meia que não tiveram tempo de levar enquanto são transportados para pavilhões. Outros, ligam os sistemas de rega, na esperança de que as chamas, algumas com mais de vinte metros, se afastem. Outros, mais teimosos que a Deolinda, não querem soltar os animais. Pelas redes sociais lá vais sabendo que morreram duas ou três vacas. Que o cemitério já não existe. Que a tua casa, que os teus pais construíram há 29 anos, está cercada pelo pinhal. Outros, simplesmente gritam. Do lado de lá, já ninguém responde. As últimas chamadas são de pânico.

Continuas em Lisboa. Com um sentimento de impotência e com a certeza de que a "moça crescida" por lá ficou. Amanhã, voltas para a rádio com um peso na garganta tão grande, que talvez nem forças tenhas para atualizar o site da Proteção Civil, como fazes todos os dias. As desgraças que noticias são tantas que já encaras tudo com frieza, não é miúda? Pois bem, agora chegou a ti e aos teus. Para que tenhas tu, e todos os outros, a humildade de te preocupares também com o Manuel, ou com a Manuela. Em todas as horas. Com todos aqueles que ajudaram a construir a tua rica aldeia. Que nunca deixará de ser rica, pelas pessoas que lá vivem.

Um beijinho grande para todos vocês, para a minha gente. Esperemos que hoje comece um novo dia. Que a chuva venha. E eu sei que a fruta da Idália saberá melhor com uma mãozinha da Fátima. Que o muro branco ficará mais bonito se for lá o Euclides com outro rolo. Que os feijões da minha avó vão crescer em força com a Glória a regá-los. E que os meus velhinhos, daqui a três semanas, já vão levar comigo, mais que não seja para falarmos mal desses criminosos que ousaram meter o bedelho na nossa rica aldeia. Ou falar mal dos políticos, cujos nomes vocês não sabem, mas que também pouco importa porque os discursos são sempre os mesmos.






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16.10.2017 16:11 por Leonor Riso

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A casa de Beatriz não foi afectada pelo fogo. Os bombeiros vieram quando o incêndio alcançou os vizinhos nas traseiras. O domingo foi de aflição, longe de casa: sentimento que levou a estudante de jornalismo e estagiária na rádio Antena 1 a escrever um texto emotivo nas redes sociais, que pode ler abaixo. 

04h55
A tua rica aldeia
Passas pela Rua do Largo, a um Sábado, à hora de almoço. Do lado direito, está um dos vizinhos a pintar o muro de branco em cima de um escadote, já com as marcas das cavas, tal é o calor. A vinte passos, a Idália oferece um quilo de maçãs a quem passa, "os pomares estão carregadinhos", diz ela, não fossem as maçãs fruto do amor que investe todas as tardes. No jardim, ao lado daquela casa, vês a tua avó, com uma moleta na mão e com o motor de cortar a relva na outra. A teimosia há-de viver sempre com ela... Num dia, queixa-se das costas, no dia seguinte, queixa-se dos braços, mas nada a impede de deixar o lar, onde vive há 80 anos, mais "airoso". Lá te sentas com ela nas cadeiras de madeira no alpendre. Dá para tudo: para falar mal da Manuela, para falar bem do Manuel... Naquela tarde, calhou falar de velhice. Vive muito bem com ela. Gaba-se do que faz aos filhos, dos netos que tem, das galinhas que há-de depenar, dos feijões que já crescem... Diz que só sai daquela casa arrastada. Ouvir a palavra "lar" dá-lhe arrepios e quando lhe dizes para ir "lá para casa", bate com a moleta no chão em sinal de protesto.

Nunca agradeces nada a ninguém mas, naquela tarde, deu-te para dizer um "obrigada" em voz alta. Com a esperança de que alguém te ouvisse. Estavas feliz. A tua aldeia deixa-te feliz. E as pessoas que lá vivem, também.

Pegas na bicicleta e voltas para casa. Os cinco velhotes da aldeia, que marcam encontro no cruzamento, dizem-te que estás uma "moça crescida" e tu páras por dois minutos... desta vez, para falar mal da Manuela e bem do Manuel. Não é bonito, mas eles adoram uns dois ou três dedos de conversa.

Chegas a casa. És recebida com uma lambidela do teu cão que passa os dias sozinho, mas que nunca amua na hora do reencontro. Fazes as malas muito rápido, voltas para Lisboa. As viagens longas dão sempre lugar a uma imensidão de pensamentos disparatados e insensatos.
Naquela noite, deu-te para questionar todas as ambições profissionais que te vão roubando o tempo e que te fazem valorizar as maçãs com bicho (mas saborosas) e os dois minutos de conversa com o Tio Belmiro.

Chegas a Lisboa. Tens tempo para sair à rua, esticar as pernas, beber um copo pelo Chiado, ir a um concerto de Jazz, comer um pastel de nata enquanto passeias pelo Cais do Sodré. Recebes uma chamada. Recebes duas chamadas. Recebes três chamadas... Às vezes lá as vais ignorando, tendo em conta que a tua avó te liga quatro vezes por dia e faz sempre as mesmas perguntas: se comeste ou dormiste bem. À quarta chamada, ficas a saber que a tua aldeia está a arder. O senhor que pintava o muro, que hoje já não deverá ser tão branco, saiu de casa com a família. Ninguém sabe da Idália. A avó Deolinda não quer sair de casa, nem deixar para trás nada que lhe pertença. Mas lá vai, com a restante família. O teu cão é metido numa carrinha para o caso de ser necessário partir. Os velhotes não hão-de dormir, tal é o peso do coração que carregam nas mãos e dos pés de meia que não tiveram tempo de levar enquanto são transportados para pavilhões. Outros, ligam os sistemas de rega, na esperança de que as chamas, algumas com mais de vinte metros, se afastem. Outros, mais teimosos que a Deolinda, não querem soltar os animais. Pelas redes sociais lá vais sabendo que morreram duas ou três vacas. Que o cemitério já não existe. Que a tua casa, que os teus pais construíram há 29 anos, está cercada pelo pinhal. Outros, simplesmente gritam. Do lado de lá, já ninguém responde. As últimas chamadas são de pânico.

Continuas em Lisboa. Com um sentimento de impotência e com a certeza de que a "moça crescida" por lá ficou. Amanhã, voltas para a rádio com um peso na garganta tão grande, que talvez nem forças tenhas para atualizar o site da Proteção Civil, como fazes todos os dias. As desgraças que noticias são tantas que já encaras tudo com frieza, não é miúda? Pois bem, agora chegou a ti e aos teus. Para que tenhas tu, e todos os outros, a humildade de te preocupares também com o Manuel, ou com a Manuela. Em todas as horas. Com todos aqueles que ajudaram a construir a tua rica aldeia. Que nunca deixará de ser rica, pelas pessoas que lá vivem.

Um beijinho grande para todos vocês, para a minha gente. Esperemos que hoje comece um novo dia. Que a chuva venha. E eu sei que a fruta da Idália saberá melhor com uma mãozinha da Fátima. Que o muro branco ficará mais bonito se for lá o Euclides com outro rolo. Que os feijões da minha avó vão crescer em força com a Glória a regá-los. E que os meus velhinhos, daqui a três semanas, já vão levar comigo, mais que não seja para falarmos mal desses criminosos que ousaram meter o bedelho na nossa rica aldeia. Ou falar mal dos políticos, cujos nomes vocês não sabem, mas que também pouco importa porque os discursos são sempre os mesmos.

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