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rmHá 1 dia
Schieder Da SilvaHá 1 semana
O ex-ministro foi, durante anos, suspeito de ser responsável por prejuízos de milhões para o BPN. A investigação foi arquivada - mas faz várias revelações sobre a forma como eram feitos negócios no banco
No início de 2003, o funcionário António Tinoco recebeu uma ordem invulgar: teria de ir ao balcão de apoio do Banco Português de Negócios, no primeiro piso do edifício-sede da instituição, em Lisboa, para levantar e transportar um saco com 1,5 milhões de dólares (cerca de 1,4 milhões de euros actualmente) em notas para uma sala no 8º andar. Lá dentro encontrou um casal que falava espanhol e o administrador Manuel Dias Loureiro. Os maços de dinheiro foram então contados e colocados numa mesa e passados para uma mala preta do casal. No fim, Tinoco acompanhou os clientes até à garagem do banco. Colocaram a pasta na bagageira e despediram-se antes da saída da viatura para a movimentada Av. António Augusto de Aguiar.
Quase seis anos depois, na manhã de 3 de Abril de 2009, António Tinoco contou este episódio ao procurador Rosário Teixeira, no Departamento Central de Investigação e Acção Penal, no âmbito de um dos inquéritos abertos ao universo BPN. Na época, o procurador tinha a convicção de que o homem da mala era Benedito Vicente, dono da empresa marroquina Alborada, comprada em 2002-2003 pelo grupo BPN/Sociedade Lusa de Negócios (SLN) no âmbito de uma complexa teia de negócios, tratados por Dias Loureiro, Oliveira Costa e o empresário Abdul Al -Assir, que acabaram por provocar dezenas de milhões de euros de prejuízos ao banco e à sociedade que nele mandava. Oito anos depois, o inquérito - consultado pela SÁBADO - foi arquivado por falta de provas e sob forte polémica pelos termos usados no despacho judicial e por ninguém ter sido responsabilizado por prejuízos avaliados em mais de 70 milhões de euros.
Leia toda a história na edição da SÁBADO desta quarta-feira, 12 de Abril.
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