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mais votado Anónimo19.05.2017
Anónimo19.05.2017
Magda Gama19.05.2017
Magda Gama19.05.2017
Magda Gama19.05.2017
A guerra continua entre o magistrado e o director nacional da PJ, Almeida Rodrigues. O juiz ameaçou que passaria a andar de autocarro.
É mais um episódio numa guerra que ninguém sabe muito bem como irá terminar. Devido a um diferendo que mantém com o director nacional da Polícia Judiciária (PJ), na semana passada, o juiz de instrução Carlos Alexandre recusou continuar a ser transportado num carro cedido por aquela polícia.
O juiz, que anda há largos anos com segurança pessoal da PSP, tem sido transportado em viaturas da PJ (os carros são cedidos através de um contrato de comodato de uso com a Secretaria-Geral do Ministério da Justiça), mas isso terá agora acabado por vontade de Carlos Alexandre. Uma fonte policial adiantou à SÁBADO que o juiz informou a PSP que não entraria em mais nenhum carro cedido pela PJ ou por "aquele senhor" (referia-se a Almeida Rodrigues). O juiz ameaçou e terá cumprido, tendo chegado a abandonar uma viatura junto ao Fórum Picoas, a dezenas de metros do edifício -sede da PJ, onde está instalado o Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa.
"Ele disse que já tinha o passe social e que passaria a andar de transportes públicos ou então a segurança tinha ir no carro dele", destacou a fonte, salientando que a PSP demorou apenas alguns dias a providenciar um novo carro que não tem como origem a PJ. Contactado pela SÁBADO, Carlos Alexandre recusou prestar qualquer esclarecimento sobre a situação. "Não digo nada. Não falo, não faço comentários. Nada", frisou.
Também Almeida Rodrigues não quis pronunciar-se sobre o caso ou confirmar se avançará com uma queixa para o Conselho Superior da Magistratura devido aos comentários que o juiz fez durante um interrogatório sobre a suposta promiscuidade entre investigadores da PJ e informadores-traficantes de droga.
Recentemente, Alexandre também remeteu à procuradora-geral da República uma denúncia que visa o director da PJ. Trata-se de uma carta anónima que relata alegadas irregularidades e ilegalidades ocorridas durante a construção e o equipamento da sede da PJ. A ministra da Justiça já mandou investigar o assunto.
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