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mais votado B2521.04.2017
B2521.04.2017
Os últimos eventos da agenda radical animalista revelaram-se verdadeiros fracassos de adesão
Foram vários os eventos da agenda radical animalista em Portugal nas últimas semanas, e todos eles tiveram um denominador comum: a fraquíssima adesão.
É cada vez mais notório que estes movimentos são suportados por um grupo de pessoas muito reduzido, que se torna cada vez mais transversal aos diversos grupos que já existiam ou que se vão formando para transmitir uma imagem de abrangência social que na realidade não existe.
Face à dificuldade de "arregimentar" os seus supostos seguidores passou a ser regra a organização conjunta e apoiada de manifestações públicas das suas ideologias, principalmente pelos movimentos mais notórios em termos de propaganda, nomeadamente a " Animal", a "Plataforma Basta de Touradas", o partido "Pessoas Animais e Natureza – PAN" e o "Movimento Pela Abolição da Caça à Raposa".
Exemplo claro da realidade destes movimentos foi o fracasso da manifestação pela abolição da caça à raposa, com uma campanha de marketing montada através de diversos órgãos de comunicação social, incluindo canais de televisão, e uma ampla discussão mediática ao nível das redes sociais, e mesmo assim contou com pouco mais de 50 pessoas no Terreiro do Paço.
De seguida, o PAN e a Fundação Franz Weber, que é uma fundação Suíça radical animalista, organizaram na Assembleia da República uma conferência sobre o tema "A violência no quotidiano das crianças", com a presença da Secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência, que através de um título sugestivo servia o único propósito de atacar a tauromaquia sob um falso pretexto da proteção das crianças. Mas, mesmo com uma enorme divulgação e com a presença de membros do governo, não conseguiram uma afluência superior a 40 pessoas. O resultado desta iniciativa foi tão fraco, que nem o PAN, nem a Plataforma Basta de Touradas, que tanto se dedicaram na sua organização e divulgação, sequer fizeram qualquer menção sobre o resultado da conferência nos seus meios de comunicação.
Continuando na senda de eventos recentes, a convocatória para a manifestação anti taurina à porta da Praça do Campo Pequeno, na sua corrida de inauguração, contou com a presença de pouco mais de 20 manifestantes, em contraste com a lotação esgotada de mais de 7.000 espectadores no interior da praça.
E em modo de "cereja no topo do bolo", eis que a manifestação anual da "ANIMAL", com o apoio do PAN e Bloco de Esquerda, após uma divulgação nacional e com diversas noticias nos meios de comunicação social anunciando a sua realização, teve aquela que foi certamente uma das piores afluências dos últimos anos, em que, e citando o Jornal Público que constitui hoje em dia o meio de comunicação social mais divulgador destas ideologias radicais, refere que "dezenas de pessoas marcharam pelos direitos dos animais", numa clara conclusão de uma manifestação nacional que juntou muito menos pessoas do que a tão propagandeada maioria da população Portuguesa que supostamente se revê nestes radicalismos.
Tal conclusão é ainda mais clara com a reduzida notoriedade que o evento teve após a sua realização, revelando o pouco interesse da comunicação social face ao redutor impacto da manifestação.
Mas, com o jeito de autênticos Mestres da Ilusão, continuam os organizadores destes eventos a tentar propagar ideias de que a população Portuguesa está de acordo com estas ideologias radicais, quando apenas poucas dezenas saem à rua para os apoiar. Vem este tipo de ideologia no hábito de que tantas vezes se tenta contar uma falsa verdade para convencer os outros, que se acaba por acreditar que a mentira real é mesmo uma verdade virtual.
O que está em causa não é o apoio ao bem-estar animal, esse é indiscutível e é praticado pela maioria da sociedade de acordo com as leis e normas nacionais e europeias. O que está em causa é a radicalização e a falta de bom senso e de noção da realidade que estes movimentos tentam impor. E com estas ideologias é cada vez mais claro que a maioria da sociedade Portuguesa não se identifica de todo.
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