
Os episódios repetem-se. Sempre que chega o mês das comemorações do Orgulho LGBT, começam os comentários: "então e o orgulho heterossexual, é para quando? Também quero uma marcha onde possa celebrar a minha heterossexualidade!"
Meus caros, minhas caras: heterossexualidade celebramos nós todos os dias quando andamos de mãos dadas na rua, quando comentamos o quão bom estava o jantar do dia anterior lá em casa, quando nos beijamos em público, quando convidamos os tios para o casamento em Agosto, até quando criticamos as nossas próprias relações – todas heterossexuais, pois, e reparem como eu expus (e impus) aqui a minha e a vossa heterossexualidade assim sem mais.
As pessoas LGBT têm sido sistematicamente remetidas ao silêncio e à obscuridade do espaço privado. Quando finalmente conseguem combater este silenciamento, são acusadas de "gritar" sobre as suas relações, de as exporem demasiado em público e de falarem sobre coisas que ninguém precisa de saber: no fundo, são acusadas de fazer aquilo que está perfeitamente normalizado entre as pessoas heterossexuais. Sim, chama-se discriminação.
Não é preciso muito para se perceber que o orgulho surge aqui, precisamente, por oposição à vergonha imposta pela sociedade e internalizada individualmente durante anos de opressão legal, social e familiar. É fácil constatar que as pessoas Lésbicas, Gays, Bissexuais e Trans ainda não têm o direito que lhes é devido de ocupar o seu espaço e que precisam desse reforço de projecção e de gritar bem alto que são quem são e que têm direito a todos os direitos. Não esquecendo o passado, importa ainda dar a nota de que as comemorações do Orgulho LGBT em junho estão directamente relacionadas com a Revolta de Stonewall, que teve lugar nos Estados Unidos da América a 28 de junho de 1969 contra a violência policial e social a que estava sujeita a população LGBT local. Facilmente a revolta se espalhou pelos restantes Estados e, mais tarde, pela Europa e um pouco por todo o mundo.
É precisamente por isto que o PAN se tem juntado às várias comemorações do Orgulho LGBT que têm tido lugar no nosso país – estivemos em Braga, em Vila Real e estaremos no Porto e em Lisboa. Venham mais, que em mais estaremos. A Marcha do Orgulho LGBT de Lisboa acontece já este sábado e é também com muito orgulho que nela iremos participar, contando com a presença da Inês Real, candidata do PAN à Câmara Municipal de Lisboa que tem as questões da Igualdade de Género e dos Direitos LGBT como uma das prioridades do seu programa eleitoral.
Queremos ajudar a quebrar o silêncio e a violência, queremos sair do armário, celebrar a nossa própria diversidade interna e contribuir para uma sociedade mais justa, mais igual, mais humanitária. Apesar dos avanços legislativos, há ainda muito por fazer do ponto de vista legal e social e todos os esforços nesse sentido são bem vindos.
Por último, lembrar que as comemorações do Orgulho LGBT são para todas as pessoas que acreditam na importância da diversidade e do respeito pelos Direitos Humanos. Venham também! Precisamos das vossas vozes e de braços convictos para erguer as bandeiras arco-íris.
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As pessoas LGBT têm sido sistematicamente remetidas ao silêncio e à obscuridade do espaço privado. Quando finalmente conseguem combater este silenciamento, são acusadas de "gritar"
Os episódios repetem-se. Sempre que chega o mês das comemorações do Orgulho LGBT, começam os comentários: "então e o orgulho heterossexual, é para quando? Também quero uma marcha onde possa celebrar a minha heterossexualidade!"
Meus caros, minhas caras: heterossexualidade celebramos nós todos os dias quando andamos de mãos dadas na rua, quando comentamos o quão bom estava o jantar do dia anterior lá em casa, quando nos beijamos em público, quando convidamos os tios para o casamento em Agosto, até quando criticamos as nossas próprias relações – todas heterossexuais, pois, e reparem como eu expus (e impus) aqui a minha e a vossa heterossexualidade assim sem mais.
As pessoas LGBT têm sido sistematicamente remetidas ao silêncio e à obscuridade do espaço privado. Quando finalmente conseguem combater este silenciamento, são acusadas de "gritar" sobre as suas relações, de as exporem demasiado em público e de falarem sobre coisas que ninguém precisa de saber: no fundo, são acusadas de fazer aquilo que está perfeitamente normalizado entre as pessoas heterossexuais. Sim, chama-se discriminação.
Não é preciso muito para se perceber que o orgulho surge aqui, precisamente, por oposição à vergonha imposta pela sociedade e internalizada individualmente durante anos de opressão legal, social e familiar. É fácil constatar que as pessoas Lésbicas, Gays, Bissexuais e Trans ainda não têm o direito que lhes é devido de ocupar o seu espaço e que precisam desse reforço de projecção e de gritar bem alto que são quem são e que têm direito a todos os direitos. Não esquecendo o passado, importa ainda dar a nota de que as comemorações do Orgulho LGBT em junho estão directamente relacionadas com a Revolta de Stonewall, que teve lugar nos Estados Unidos da América a 28 de junho de 1969 contra a violência policial e social a que estava sujeita a população LGBT local. Facilmente a revolta se espalhou pelos restantes Estados e, mais tarde, pela Europa e um pouco por todo o mundo.
É precisamente por isto que o PAN se tem juntado às várias comemorações do Orgulho LGBT que têm tido lugar no nosso país – estivemos em Braga, em Vila Real e estaremos no Porto e em Lisboa. Venham mais, que em mais estaremos. A Marcha do Orgulho LGBT de Lisboa acontece já este sábado e é também com muito orgulho que nela iremos participar, contando com a presença da Inês Real, candidata do PAN à Câmara Municipal de Lisboa que tem as questões da Igualdade de Género e dos Direitos LGBT como uma das prioridades do seu programa eleitoral.
Queremos ajudar a quebrar o silêncio e a violência, queremos sair do armário, celebrar a nossa própria diversidade interna e contribuir para uma sociedade mais justa, mais igual, mais humanitária. Apesar dos avanços legislativos, há ainda muito por fazer do ponto de vista legal e social e todos os esforços nesse sentido são bem vindos.
Por último, lembrar que as comemorações do Orgulho LGBT são para todas as pessoas que acreditam na importância da diversidade e do respeito pelos Direitos Humanos. Venham também! Precisamos das vossas vozes e de braços convictos para erguer as bandeiras arco-íris.
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