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António Araújo

Can't stop the music

27-01-2015 por António Araújo
O autor do blogue Malomil explica porque é que devemos recordar Village People face aos atentados ao Charlie Hebdo
  • 180

Chamem-lhes foleiros ou apatetados, tudo o que quiserem, mas a verdade verdadinha é que ninguém resiste a pular ao som dos Village People. O grupo foi criado em 1977 e representa o pior do piorio que os anos 70 e 80 produziram. E, atenção, foram duas belíssimas décadas, grotescas de más, que produziram coisinhas pavorosas, a que hoje chamam vintage.

Mas, como tudo o que é vintage, o grupo passou de moda, entrou em irrevogável declínio. Um dos seus membros chamava-se Alex Briley. Filho de um pastor protestante, Alexander Briley nasceu no Harlem, em 1947. Abreviando a história, que é íntima e escabrosa, acabou a cantar nos Village People, vestido de soldado ou de marujo, consoante as ocasiões de festa.


Alex Briley, hoje um bocadito decrépito, era irmão de Jonathan Briley. Assim dito, este nome diz pouco. Mas talvez diga algo mais se soubermos que Jonathan Briley trabalhava nas Torres Gémeas como engenheiro de som. Mais precisamente, era ele que tratava da música e dos eventos no restaurante Windows of the World, situado no topo da Torre Norte do World Trade Center. Na manhã de 11 de Setembro de 2001, quando um grupo de islâmicos radicais trouxe o terror ao mundo, Jonathan Briley estava a trabalhar no Windows of the World. Nenhum funcionário do restaurante sobreviveu aos ataques suicidas. Aliás, na Torre Norte do World Trade Center não sobreviveu ninguém nos andares situados acima do ponto de impacto do Voo 11 da American Airlines, uma colisão que fez a temperatura subir no interior do edifício a cerca de 1000 graus centígrados. Muitos caíram do alto, outros decidiram saltar. Entre 100 ou 200, pelo menos.

Das várias fotografias que existem desses momentos trágicos, há uma que se destaca pela sua singular beleza. Foi captada por Richard Drew, da Associated Press. Chama-se The Falling Man. Um ensaio famoso do escritor Tom Junod publicado na revista Esquire, já lido por mais de 20 milhões de pessoas, assume como possível que The Falling Man seja Jonathan Briley. O engenheiro de som que trabalhava no restaurante Windows of the World, onde ninguém sobreviveu aos ataques terroristas que mataram quase 3000 pessoas. Jonathan Briley, o irmão de Alex, o soldado-cantor dos Village People. Enquanto caía a uma velocidade de 240 quilómetros à hora, durante os cerca de dez segundos que lhe restaram antes do embate fatal no cimento, Jonathan pode ter-se lembrado de muita coisa, até da música que o seu irmão cantava.


Gosto de pensar que, na sua queda, Jonathan Briley recordou uma música dos Village People. Um hino eterno, magnífico, ainda que muito foleiro, maravilhosamente foleiro. You Can’t Stop the Music. O refrão diz tudo: You can't stop the music, nobody can stop the music.

Village People - Can't Stop the Music
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É isso que devemos cantar, com a esfuziante alegria dos Village People, com todo o seu estrondoso foleirismo, aos canalhas que esta semana irromperam na redacção do Charlie Hebdo e mataram doze seres humanos. A sangue frio.


You can't stop the music, nobody can stop the music. Erudita ou popular, de Brahms ou dos Village People, de Mozart ou dos Abba, a música é nossa. Ninguém a pode parar. A música somos nós, o nosso modo de viver livremente, no delírio dos sentimentos, na grandeza das paixões. A música, a nossa, é o humor corrosivo do Charlie Hebdo, o sexo hetero ou homo, as catedrais góticas e as torres gémeas, o kitschrisível de Alex e o salto mortal do seu irmão Jonathan.


Uma coisa tenhamos por certa, inequívoca: no Islão radical um grupo como os Village People nunca veria a luz do dia. E jamais um telescópio como o Hubble nos mostraria os Pilares da Criação e toda a espantosa beleza do Universo.



Aos que querem calar a música e impor-nos o silêncio da barbárie, sufocar a festa e o riso, só temos de dizer uma coisa, e muito simples. Sem temor nem medo, apenas isto:you can’t stop the music.

 

António Araújo
(adaptado do blogue Malomil)


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Impresso do site da Revista SÁBADO, em www.sabado.pt
// António Araújo

Can't stop the music

27.01.2015 15:56 por António Araújo

O autor do blogue Malomil explica porque é que devemos recordar Village People face aos atentados ao Charlie Hebdo

Chamem-lhes foleiros ou apatetados, tudo o que quiserem, mas a verdade verdadinha é que ninguém resiste a pular ao som dos Village People. O grupo foi criado em 1977 e representa o pior do piorio que os anos 70 e 80 produziram. E, atenção, foram duas belíssimas décadas, grotescas de más, que produziram coisinhas pavorosas, a que hoje chamam vintage.

Mas, como tudo o que é vintage, o grupo passou de moda, entrou em irrevogável declínio. Um dos seus membros chamava-se Alex Briley. Filho de um pastor protestante, Alexander Briley nasceu no Harlem, em 1947. Abreviando a história, que é íntima e escabrosa, acabou a cantar nos Village People, vestido de soldado ou de marujo, consoante as ocasiões de festa.


Alex Briley, hoje um bocadito decrépito, era irmão de Jonathan Briley. Assim dito, este nome diz pouco. Mas talvez diga algo mais se soubermos que Jonathan Briley trabalhava nas Torres Gémeas como engenheiro de som. Mais precisamente, era ele que tratava da música e dos eventos no restaurante Windows of the World, situado no topo da Torre Norte do World Trade Center. Na manhã de 11 de Setembro de 2001, quando um grupo de islâmicos radicais trouxe o terror ao mundo, Jonathan Briley estava a trabalhar no Windows of the World. Nenhum funcionário do restaurante sobreviveu aos ataques suicidas. Aliás, na Torre Norte do World Trade Center não sobreviveu ninguém nos andares situados acima do ponto de impacto do Voo 11 da American Airlines, uma colisão que fez a temperatura subir no interior do edifício a cerca de 1000 graus centígrados. Muitos caíram do alto, outros decidiram saltar. Entre 100 ou 200, pelo menos.

Das várias fotografias que existem desses momentos trágicos, há uma que se destaca pela sua singular beleza. Foi captada por Richard Drew, da Associated Press. Chama-se The Falling Man. Um ensaio famoso do escritor Tom Junod publicado na revista Esquire, já lido por mais de 20 milhões de pessoas, assume como possível que The Falling Man seja Jonathan Briley. O engenheiro de som que trabalhava no restaurante Windows of the World, onde ninguém sobreviveu aos ataques terroristas que mataram quase 3000 pessoas. Jonathan Briley, o irmão de Alex, o soldado-cantor dos Village People. Enquanto caía a uma velocidade de 240 quilómetros à hora, durante os cerca de dez segundos que lhe restaram antes do embate fatal no cimento, Jonathan pode ter-se lembrado de muita coisa, até da música que o seu irmão cantava.


Gosto de pensar que, na sua queda, Jonathan Briley recordou uma música dos Village People. Um hino eterno, magnífico, ainda que muito foleiro, maravilhosamente foleiro. You Can’t Stop the Music. O refrão diz tudo: You can't stop the music, nobody can stop the music.

É isso que devemos cantar, com a esfuziante alegria dos Village People, com todo o seu estrondoso foleirismo, aos canalhas que esta semana irromperam na redacção do Charlie Hebdo e mataram doze seres humanos. A sangue frio.


You can't stop the music, nobody can stop the music. Erudita ou popular, de Brahms ou dos Village People, de Mozart ou dos Abba, a música é nossa. Ninguém a pode parar. A música somos nós, o nosso modo de viver livremente, no delírio dos sentimentos, na grandeza das paixões. A música, a nossa, é o humor corrosivo do Charlie Hebdo, o sexo hetero ou homo, as catedrais góticas e as torres gémeas, o kitschrisível de Alex e o salto mortal do seu irmão Jonathan.


Uma coisa tenhamos por certa, inequívoca: no Islão radical um grupo como os Village People nunca veria a luz do dia. E jamais um telescópio como o Hubble nos mostraria os Pilares da Criação e toda a espantosa beleza do Universo.



Aos que querem calar a música e impor-nos o silêncio da barbárie, sufocar a festa e o riso, só temos de dizer uma coisa, e muito simples. Sem temor nem medo, apenas isto:you can’t stop the music.

 

António Araújo
(adaptado do blogue Malomil)

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