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mais votado Magda Gama08.01.2018
Magda Gama08.01.2018
Magda Gama08.01.2018
Presidente de Angola falou sobre o pedido de transferência do processo do antigo vice-presidente de Angola.
O Presidente de Angola, João Lourenço, falou esta segunda-feira sobre Portugal não ter acedido ao pedido de transferência do processo do ex-vice-presidente do país, Manuel Vicente, para Angola. O actual presidente classificou o processo como uma "ofensa".
Em entrevista colectiva para assinalar os primeiros 100 dias às frente do executivo angolano, a decorrer esta segunda-feira, 8 de Janeiro, em Luanda, João Lourenço explicou que Angola pediu a transferência do processo, ao abrigo de um acordo judiciário que existe entre a Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa. No entanto, Portugal recusou o pedido alegando não confiar na justiça angolana.
"Portugal, lamentavelmente, não satisfez o pedido", afirmou João Lourenço, acrescentando que a intenção não seria de "livrar" Manuel Vicente das acusações nem "pedir que o processo seja arquivado". "Consideramos isso uma ofensa, não aceitamos esse tipo de tratamento e por esta razão mantemos a nossa posição e vamos aguardar pacientemente a conclusão do processo em Portugal", afirmou o líder angolano.
Em causa está a polémica em torno do antigo vice-presidente de Angola e ex-presidente do Conselho de administração da Sonangol, Manuel Vicente, formalmente acusado pelo Ministério Público português de corrupção activa e branqueamento de capitais. O antigo governador terá alegadamente corrompido o então procurador do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), Orlando Figueira.
Luanda queria transitar o caso da Justiça portuguesa para a angolana, contudo Portugal recusou tal pedido. O início do julgamento está marcado para 22 de Janeiro.
Em aberto a exoneração de mais um filho de Eduardo dos Santos
Ainda há um filho do ex-presidente angolano na administração de um órgão relevante em Angola, o Fundo Soberano. José Filomeno dos Santos, também envolvido no Paradise Papers, é um dos administradores do Fundo Soberano - e João Lourenço admite que há a possibilidade de exonerar a administração.
Além disso, João Lourenço garante que não há crispação com José Eduardo dos Santos. Mas espera que o ex-chefe de Estado cumpra com a sua palavra e saia de cena em 2018: "Só a ele compete dizer se o fará, se vai cumprir com esse compromisso. Quando isso vai acontecer, só a ele compete dizer. Não tenho razões para estar impaciente", disse o Presidente da República, que falava nos jardins do Palácio Presidencial, em Luanda.
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