Para poder adicionar esta notícia deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da SÁBADO, efectue o seu registo gratuito.
Presidente revoga medidas polémicas para terminar violência na Nicarágua
Cliente salvou muitas vidas em tiroteio de Nashville
Irão retomará "vigorosamente" enriquecimento de urânio se EUA romperem acordo
Air France prevê manter 75% dos voos programados para segunda-feira
Wu Gan foi condenado à mais pesada pena passada a activistas pelo governo chinês nos últimos anos por "subversão contra o sistema político".
Um activista pelos direitos humanos chinês foi condenado a oito anos de prisão por subversão, esta terça-feira. Wu Gan foi condenado à mais pesada pena passada a activistas pelo governo chinês nos últimos dois anos.
Wu Gan é um blogger mais conhecido pelo seu "nome de guerra online", Super Vulgar Butcher, e que defende causas como o abuso de poder por parte do governo chinês. Foi agora condenado a oito anos por "subverter o poder do estado", depois de anos de detenção por ter promovido uma manifestação frente a um tribunal.
Gan move-se principalmente em meios digitais, mas é também presença assídua em manifestações de rua.
Segundo o veredicto, o "tribunal descobriu que o réu está insatisfeito com o sistema político existente" na China, sendo Gan acusado de "usar redes de informação para disseminar uma grande quantidade de retórica e atacando o poder estatal e o sistema estabelecido pela constituição".
Segundo o seu advogado, o activista agradeceu, ironicamente, ao Partido Comunista a "incrível honra" de ser julgado, garantindo que iria recorrer.
A decisão de proceder a esta condenação perto do Natal foi novamente criticada, já que se tornou prática corrente na China. Liu Xiaobo, o prémio Nobel da Paz, que morreu em Julho deste ano, ainda detido, foi condenado a 11 anos por subversão no dia de Natal de 2009.
"É uma desgraça que as autoridades chinesas tenham escolhido o dia a seguir ao Natal para lidar com uma das poucas pessoas que ainda estava num limbo legal, desde que o governo começou a cair sobre o advogados e activistas pelos direitos humanos", disse o investigador da Amnistia Internacional Patrick Poon, em Hong Kong.
O advogado pela Amnistia Internacional diz que o governo chinês usa estas datas para condenar os activistas porque "diplomatas, jornalistas, oficiais internacionais e o público em geral estão mais distraídos" devido à época festiva.
É expressamente proibida a reprodução na totalidade ou em parte, em qualquer tipo de suporte, sem prévia permissão por escrito da Cofina Media - Grupo Cofina. Consulte as condições legais de utilização.