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Mostra reúne cerca de 150 peças da colecção do museu do criador de Zé Povinho, em Lisboa. Dividida em quatro núcleos, revela a obra do artista que tornou a louça das Caldas da Rainha um objecto de desejo
São poucas as casas portuguesas que não têm uma peça de Rafael Bordalo Pinheiro. Quer seja a baixela em forma de couve (que renasceu do kitsch para se tornar um ícone de design) ou os animais em cerâmica, alguns mais utilitários do que outros (como os vasos zoomórficos ou os paliteiros de quatro patas), são peças que colocam Bordalo entre os mais inventivos artistas nacionais de sempre.
O museu que lhe é dedicado no Campo Grande, em Lisboa, inaugura Formas do Desejo, mostra dividida em quatro núcleos - "Forma", "Função", "Temas" e "Azulejo" -, reunindo 150 das obras mais criativas do artista de Lisboa que montou nas Caldas da Rainha o seu laboratório criativo. Nela, o público fica a perceber a relação entre tradição e modernidade e entre criatividade e produção em série, ao mesmo tempo que se inteira da obra gráfica do artista, responsável, entre outras, por criar uma figura que representava Portugal: o Zé Povinho.
Em "Forma", é explorada a recriação da olaria portuguesa por Bordalo - de maneira a criar algo novo e original. Até a etnografia portuguesa, com os seus cestos de vime, carroças ou rendas, surge nas peças do ceramista com novo ânimo. Já "Temas" expõe a variedade de perspectivas desenvolvidas pelo criador ao longo dos tempos, com particular enfoque nas naturezas vivas e mortas. Dotadas de humor, as peças são repescadas à natureza, ao período do Renascimento ou dos Descobrimentos - sempre com crítica social e política à mistura.
"Função" - característica-chave de uma obra de design - mostra o que, para muitos, é uma missão complicada: conciliar a inventividade com a produção em série. Surgem aqui jarras, pratos, taças, chávenas e várias peças que se encontram em muitas casas portuguesas e que trouxeram sucesso à Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha.
Por fim, "Azulejo" explora a criatividade do génio do Grupo do Leão (a que também pertenciam o irmão Columbano, Silva Porto e José Malhoa), em formato quadrado. Às temáticas renascentistas, naturalistas e de tradição islâmica, Bordalo junta o toque contemporâneo da Arte Nova e a aplicação do azulejo em mobiliário ou noutras peças de cerâmica. Formas do Desejo pode ser vista até 25 de Novembro de 2018.
Formas do Desejo
Museu Bordalo Pinheiro
Campo Grande, 382, Lisboa
De 14/12 a 25/11/18
10h-18h
Fecha 2.ª
€3