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Välute estreou no Teatro da Comuna, em Lisboa, a 14 de Dezembro e está em cena até este sábado, 23
Rui Neto escreveu e encenou Välute, um monólogo com interpretação de Margarida Cardeal. Há uma personagem - uma mulher que parece nascida de um universo onírico, gótico ou até futurista -, que surge enterrada da cintura para baixo numa enorme saia (a fazer lembrar Os Dias Felizes, de Beckett), como uma gigantone ao estilo "cisne negro". Da saia emergem objectos e mãos humanas, com que interage, filosofando sobre o mundo.
Começa (e acaba) a evocar Hamlet, para falar sobre morte, fronteira entre realidade e ficção, transfiguração do intérprete, palavra, liberdade, criação e desejo, num discurso construído como uma colagem de sonhos.
A actriz agarra bem o registo do espectáculo, e a realização plástica e sonora consegue desenvolver o universo que se propõe. Já o texto, apesar da reflexão e de algum humor, está pouco desenvolvido, faltando-lhe apurar as ideias que se que alvitram, de modo a gerar, por si mesmo, uma tessitura mais sólida e um pensamento mais denso.
Crítica de Gisela Pissarra
Nota: 3 estrelas
Teatro da Comuna
Praça de Espanha, Lisboa
Até 23/12 , 2.ª a sáb., 21h30 || Dom., 19h
€10