Para poder adicionar esta notícia deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da SÁBADO, efectue o seu registo gratuito.
A Cantina Zé Avillez é a casa portuguesa, com certeza
The Handmaid's Tale: Quando a série vai além do livro
Passe ao próximo nível com o rato Asus ROG Gladius II
Voltar da guerra deixa marcas. É precisamente essas cicatrizes que o filme "Mudbound- As Lamas do Mississípi" retrata.
O clássico, elegante e revoltante, Mudbound - As Lamas do Mississípi é uma história de pós-Segunda Guerra que relata como Ronsel e Jamie (dois combatentes) não encontram paz no regresso a casa. A sensação que fica é que não faltam histórias semelhantes e actuais no sul da América, onde a divisão racial e a violência dos ignorantes e desesperados atravessa décadas.
Dee Rees adapta, em conjunto com Virgil Williams, um romance de Hillary Jordan que se aproxima do universo de Faulkner, MacCarthy (os tais de que Franco tanto gosta, como se pode ler na crítica a Um Desastre de Artista) ou do recente Donald Ray Pollock.
Há um lado melodramático nesta história de duas famílias que vivem lado a lado - os McAllans, que tentam rentabilizar uma quinta, e os Jacksons, afro-americanos que ficariam satisfeitos por simplesmente sobreviverem a tanto ódio - mas Dee Rees demonstra uma capacidade na construção de personagens que nunca deixa Mudbound entrar no território da manipulação emocional.
O elenco é óptimo. Mary J. Blige tem recebido a maioria dos aplausos, mas é Rob Morgan que se destaca como Hap, a figura paterna dos Jacksons que encarna os habituados a carregar as injustiças do mundo sobre os ombros.
Nota: 4 Estrelas
De Dee Rees
EUA || Drama || M14 || 134m
Com Jason Mitchell, Garrett Hedlund e Carey Mulliga