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Dinheiro

Fomos jantar fora e pagámos com bitcoin

10.01.2018 07:09 por Alexandre R. Malhado 1159
A SÁBADO decidiu testar a moeda digital num restaurante italiano. Sem euros na carteira, pagámos a refeição com uma aplicação para o smartphone. Contudo, a operação demorou dezenas de horas a concluir e pagámos quase tanto pelas taxas de transacção como pelo jantar.
  • 16780
A SÁBADO decidiu ir jantar fora sem euros ou cartões de débito ou crédito na carteira. Como forma de pagamento, pusemos à prova uma das moedas do momento: a bitcoin, uma moeda digital descentralizada, não regulada por uma entidade como um banco central, e que em 2017 valorizou mais de 1.800%. E não tivemos que lavar pratos para pagar a refeição: a transacção aconteceu... mas demorou 13 horas a ser confirmada e só a própria operação custa 12 euros, quase tanto quanto o valor total do jantar.

Em primeiro lugar, os jornalistas da SÁBADO tiveram que adquirir bitcoins e encontrar um restaurante em Lisboa que aceitasse esta criptomoeda. Para tal, instalámos nos nossos telemóveis a Coinbase, a carteira e exchange mais popular do mercado - e actualmente a segunda aplicação mais descarregada de toda a App Store. No dia 10 de Dezembro de 2017, quando a moeda digital valia 13 463,60 dólares (11 318,05 euros), comprámos 0,00356847 bitcoins, na altura o equivalente a 50 euros.

Agora só faltava o restaurante. Segundo o mapa interactivo Coinmap, o maior directório open-source de estabelecimentos comerciais que aceitam bitcoin, há 30 sítios em Lisboa que aceitam a criptomoeda. Mas só havia um restaurante: o Tascamastai, no Bairro Alto.

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No dia 4 de Janeiro estávamos prontos a pagar uma refeição com a popular moeda digital. Ao chegar ao restaurante, um acolhedor italiano localizado na rua da Rosa, avistámos à porta dois sinais: "aceitamos bitcoin". Ao balcão, estava a tabuleta "não aceitamos cartão de crédito". Sem euros no bolso, decidimos avisar de antemão o dono do estabelecimento da nossa intenção de pagar com a criptomoeda, à qual ele acedeu sem hesitação. 

Esperámos um pouco pela mesa e depois de nos sentarmos o dono do restaurante, Massimiliano Fantini, contou melhor a sua relação com a bitcoin aos jornalistas da SÁBADO. "Começámos a aceitar bitcoin há seis anos, num restaurante que abrimos em Bolonha, Itália. Quando nos mudámos para Portugal, há três anos, aceitámos logo Bitcoin. É um processo muito fácil na verdade. Tenho a minha wallet (carteira) de bitcoin na aplicação Blockchain, que anda comigo para todo o lado", explicou o italiano. 

A ideia de aceitar começou como "uma brincadeira". "Sempre nos agradou o conceito da bitcoin: um pagamento peer-to-peer, de pessoas para pessoas, sem depender de bancos centrais", explicou, citando o documento original da fundação desta criptomoeda. No entanto, ninguém pagava com bitcoin nos primeiros anos. Isso mudou quando a bitcoin se popularizou. "Quando a moeda chegou à fasquia dos 300 - 500 euros por unidade, começámos a ter clientes curiosos com esta forma de pagamento. No nosso restaurante em Bolonha, pessoas vinham de Roma e Florença só para pagar em bitcoin", descreveu. 

Quando chegou a Portugal há três anos, foi pioneiro em aceitar a criptomoeda. "Quando chegámos só um bed & breakfast e quatro ou cinco em Almada, entre eles um dentista, aceitavam bitcoin", esclareceu o italiano. Hoje em dia, neste restaurante em Lisboa, Fantini diz que maioritariamente turistas pedem para pagar em bitcoin. Contudo, o gerente do restaurante garante que, "em seis anos na restauração", foram poucos os clientes que usaram criptomoedas: "em Itália e Portugal, tivemos  300 - 400 euros como valor total de pagamentos em bitcoin."

Gastámos 28,72 euros: 15 euros de refeição, 1 euro de gorjeta, 12 euros de fees
Finalmente, estava na altura de jantar. A SÁBADO pediu dois cocktails tradicionais italianos, o Spritz Aperol e Spritz Hugo, uma tosta de Sirvio (presunto, beringela assada, queijo e manteiga) e um bolo de brigadeiro para sobremesa. 

Depois de uma agradável refeição, era altura de pedir a conta: 15 euros. Na altura do pagamento, o gerente do restaurante retirou o telemóvel do bolso e abriu a aplicação Blockchain Merchant, que mostrava um QR Code com o seu endereço da carteira de criptomoedas. Depois, a SÁBADO pegou no telemóvel, abriu a aplicação Coinbase, captou o QR Code de Fantini e enviou 16 euros para a conta do restaurante. 
O que vimos no telemóvel no momento da transacção
O que vimos no telemóvel no momento da transacção
O que vimos no telemóvel no momento da transacção
Contudo, ficámos surpreendidos quando verificámos que a transferência havia custado 28,72 euros. O registo da operação explicou o valor: o Coinbase acrescentou aos 16 euros, 12 euros de taxa de transacção. O dono do restaurante explicou: "É por isto que eu não aceito Coinbase. As fees da transacção são enormes e a operação demora muitas horas, podendo demorar mais de seis horas", explicou. O italiano diz que só aceita carteiras que retirem poucas fees e que sejam rápidas: "Eu uso (e aceito) transacções entre carteiras Blockchain: as taxas são muito baixas e o pagamento é imediato, 4 ou 5 segundos. Até é mais rápido do que um multibanco", acrescentou. 

Pagámos 12 euros de taxas de operação
Pagámos 12 euros de taxas de operação
Pagámos 12 euros de taxas de operação
Após nos termos resignado com o facto de pagar mais 12 euros do que o esperado, pedimos factura, que foi prontamente concedida. O dono do Tascamastai garante que tudo o que factura com bitcoin é declarado ao Estado, apesar de admitir que ainda não há uma regulamentação europeia clara no que toca à bitcoin para comerciantes e investidores. "Em Itália, nem o meu contabilista sabia muito bem o que fazer", explicou. Contudo, a SÁBADO confirma: os jornalistas pediram (e receberam) uma factura com o valor da refeição.

Operação só ficou concluída 13 horas depois
A transacção não foi prontamente validada. Nesta moeda descentralizada, quem assegura as transacções são mineiros, milhões de utilizadores que têm um ou vários computadores específicos, ASIC, que validam os movimentos da moeda digital resolvendo complexas equações matemáticas. Após validarem, o computador do mineiro é recompensado com bitcoins pelo trabalho. 

Ora, a operação foi feita pelas 
22:27 de dia 4 de Janeiro, mas só foi validada pelas 11:00 de dia 5 de Janeiro. Demorou 13 horas. O gerente do restaurante não ficou surpreendido: "uma vez, aceitei que um cliente pagasse com Coinbase. Contudo, o pagamento não chegou. Perdi 20 euros da minha carteira. É por isso que não aceito Coinbase. As operações feitas com essa carteira precisa de muitas confirmações [de mineiros]", explica. 
13 horas depois, a transacção foi concluída
13 horas depois, a transacção foi concluída
13 horas depois, a transacção foi concluída

Em Portugal há 49 lojas que aceitam bitcoin. ASAE está "atenta ao fenómeno"
Há pelo menos 49 lojas em Portugal que aceitam bitcoin, segundo o Coinmap. À SÁBADO, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) garante que ainda não recebeu denúncias relativas a transacções com utilização de bitcoins, mas diz-se "atenta ao fenómeno".

"Até ao momento não foram recebidas nesta Autoridade denúncias relativas a transacções com utilização de Bitcoins", salienta fonte oficial da ASAE. "Apesar de não correr nenhuma investigação que envolva bitcoins, esta Autoridade mantém-se atenta ao fenómeno visto que os proveitos económicos de ilícitos, hoje em dia, podem ser convertidos nessa moeda virtual, na procura de beneficiar de alguma protecção de identidade que esta modalidade de comércio oferece", acrescenta. 

Contudo, fonte oficial da ASAE sublinha que a fiscalização de utilização de meios de pagamento não é da competência da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) - e nem está regulada ainda pelos reguladores. Tal como a SÁBADO avançou, o Banco de Portugal tem "recomendado às instituições de crédito, às instituições de pagamento e às instituições de moeda electrónica" sujeitas à sua supervisão que "se abstenham de comprar, deter ou vender moedas virtuais". Também a CMVM tem agido, realizando uma acção de supervisão transversal junto dos bancos de investimento e corretoras a operar em Portugal, tal como avançou o jornal Eco.

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mais votado Fabio G.11.01.2018

O dono do restaurante (e o jornalista por não pedir) é totó em não aceitar Coinbase. Enviar entre users Coinbase (email) o fee da transação é 0 €. Só pagavam o jantar!

Quem quiser testar use o meu referral e ganhe 8/10€ se colocar >100€
https://www.coinbase.com/join/59a58337810de700c3d5f414
Gostar (6) Não Gostar (0)
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Fabio G.11.01.2018

O dono do restaurante (e o jornalista por não pedir) é totó em não aceitar Coinbase. Enviar entre users Coinbase (email) o fee da transação é 0 €. Só pagavam o jantar!

Quem quiser testar use o meu referral e ganhe 8/10€ se colocar >100€
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Anónimo10.01.2018

Este artigo, revela um profundo desconhecimento da "crypto moeda". Recomendaria, ao "jornalista" que o redigiu, que tentasse recolher informações acerca do tema.
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Impresso do site da Revista SÁBADO, em www.sabado.pt
// Dinheiro

Fomos jantar fora e pagámos com bitcoin

10.01.2018 07:09 por Alexandre R. Malhado

A SÁBADO decidiu testar a moeda digital num restaurante italiano. Sem euros na carteira, pagámos a refeição com uma aplicação para o smartphone. Contudo, a operação demorou dezenas de horas a concluir e pagámos quase tanto pelas taxas de transacção como pelo jantar.

Fomos jantar fora e pagámos com bitcoin

A SÁBADO decidiu ir jantar fora sem euros ou cartões de débito ou crédito na carteira. Como forma de pagamento, pusemos à prova uma das moedas do momento: a bitcoin, uma moeda digital descentralizada, não regulada por uma entidade como um banco central, e que em 2017 valorizou mais de 1.800%. E não tivemos que lavar pratos para pagar a refeição: a transacção aconteceu... mas demorou 13 horas a ser confirmada e só a própria operação custa 12 euros, quase tanto quanto o valor total do jantar.

Em primeiro lugar, os jornalistas da SÁBADO tiveram que adquirir bitcoins e encontrar um restaurante em Lisboa que aceitasse esta criptomoeda. Para tal, instalámos nos nossos telemóveis a Coinbase, a carteira e exchange mais popular do mercado - e actualmente a segunda aplicação mais descarregada de toda a App Store. No dia 10 de Dezembro de 2017, quando a moeda digital valia 13 463,60 dólares (11 318,05 euros), comprámos 0,00356847 bitcoins, na altura o equivalente a 50 euros.

Agora só faltava o restaurante. Segundo o mapa interactivo Coinmap, o maior directório open-source de estabelecimentos comerciais que aceitam bitcoin, há 30 sítios em Lisboa que aceitam a criptomoeda. Mas só havia um restaurante: o Tascamastai, no Bairro Alto.

No dia 4 de Janeiro estávamos prontos a pagar uma refeição com a popular moeda digital. Ao chegar ao restaurante, um acolhedor italiano localizado na rua da Rosa, avistámos à porta dois sinais: "aceitamos bitcoin". Ao balcão, estava a tabuleta "não aceitamos cartão de crédito". Sem euros no bolso, decidimos avisar de antemão o dono do estabelecimento da nossa intenção de pagar com a criptomoeda, à qual ele acedeu sem hesitação. 

Esperámos um pouco pela mesa e depois de nos sentarmos o dono do restaurante, Massimiliano Fantini, contou melhor a sua relação com a bitcoin aos jornalistas da SÁBADO. "Começámos a aceitar bitcoin há seis anos, num restaurante que abrimos em Bolonha, Itália. Quando nos mudámos para Portugal, há três anos, aceitámos logo Bitcoin. É um processo muito fácil na verdade. Tenho a minha wallet (carteira) de bitcoin na aplicação Blockchain, que anda comigo para todo o lado", explicou o italiano. 

A ideia de aceitar começou como "uma brincadeira". "Sempre nos agradou o conceito da bitcoin: um pagamento peer-to-peer, de pessoas para pessoas, sem depender de bancos centrais", explicou, citando o documento original da fundação desta criptomoeda. No entanto, ninguém pagava com bitcoin nos primeiros anos. Isso mudou quando a bitcoin se popularizou. "Quando a moeda chegou à fasquia dos 300 - 500 euros por unidade, começámos a ter clientes curiosos com esta forma de pagamento. No nosso restaurante em Bolonha, pessoas vinham de Roma e Florença só para pagar em bitcoin", descreveu. 

Quando chegou a Portugal há três anos, foi pioneiro em aceitar a criptomoeda. "Quando chegámos só um bed & breakfast e quatro ou cinco em Almada, entre eles um dentista, aceitavam bitcoin", esclareceu o italiano. Hoje em dia, neste restaurante em Lisboa, Fantini diz que maioritariamente turistas pedem para pagar em bitcoin. Contudo, o gerente do restaurante garante que, "em seis anos na restauração", foram poucos os clientes que usaram criptomoedas: "em Itália e Portugal, tivemos  300 - 400 euros como valor total de pagamentos em bitcoin."

Gastámos 28,72 euros: 15 euros de refeição, 1 euro de gorjeta, 12 euros de fees
Finalmente, estava na altura de jantar. A SÁBADO pediu dois cocktails tradicionais italianos, o Spritz Aperol e Spritz Hugo, uma tosta de Sirvio (presunto, beringela assada, queijo e manteiga) e um bolo de brigadeiro para sobremesa. 

Depois de uma agradável refeição, era altura de pedir a conta: 15 euros. Na altura do pagamento, o gerente do restaurante retirou o telemóvel do bolso e abriu a aplicação Blockchain Merchant, que mostrava um QR Code com o seu endereço da carteira de criptomoedas. Depois, a SÁBADO pegou no telemóvel, abriu a aplicação Coinbase, captou o QR Code de Fantini e enviou 16 euros para a conta do restaurante. 
Contudo, ficámos surpreendidos quando verificámos que a transferência havia custado 28,72 euros. O registo da operação explicou o valor: o Coinbase acrescentou aos 16 euros, 12 euros de taxa de transacção. O dono do restaurante explicou: "É por isto que eu não aceito Coinbase. As fees da transacção são enormes e a operação demora muitas horas, podendo demorar mais de seis horas", explicou. O italiano diz que só aceita carteiras que retirem poucas fees e que sejam rápidas: "Eu uso (e aceito) transacções entre carteiras Blockchain: as taxas são muito baixas e o pagamento é imediato, 4 ou 5 segundos. Até é mais rápido do que um multibanco", acrescentou. 

Após nos termos resignado com o facto de pagar mais 12 euros do que o esperado, pedimos factura, que foi prontamente concedida. O dono do Tascamastai garante que tudo o que factura com bitcoin é declarado ao Estado, apesar de admitir que ainda não há uma regulamentação europeia clara no que toca à bitcoin para comerciantes e investidores. "Em Itália, nem o meu contabilista sabia muito bem o que fazer", explicou. Contudo, a SÁBADO confirma: os jornalistas pediram (e receberam) uma factura com o valor da refeição.

Operação só ficou concluída 13 horas depois
A transacção não foi prontamente validada. Nesta moeda descentralizada, quem assegura as transacções são mineiros, milhões de utilizadores que têm um ou vários computadores específicos, ASIC, que validam os movimentos da moeda digital resolvendo complexas equações matemáticas. Após validarem, o computador do mineiro é recompensado com bitcoins pelo trabalho. 

Ora, a operação foi feita pelas 
22:27 de dia 4 de Janeiro, mas só foi validada pelas 11:00 de dia 5 de Janeiro. Demorou 13 horas. O gerente do restaurante não ficou surpreendido: "uma vez, aceitei que um cliente pagasse com Coinbase. Contudo, o pagamento não chegou. Perdi 20 euros da minha carteira. É por isso que não aceito Coinbase. As operações feitas com essa carteira precisa de muitas confirmações [de mineiros]", explica. 

Em Portugal há 49 lojas que aceitam bitcoin. ASAE está "atenta ao fenómeno"
Há pelo menos 49 lojas em Portugal que aceitam bitcoin, segundo o Coinmap. À SÁBADO, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) garante que ainda não recebeu denúncias relativas a transacções com utilização de bitcoins, mas diz-se "atenta ao fenómeno".

"Até ao momento não foram recebidas nesta Autoridade denúncias relativas a transacções com utilização de Bitcoins", salienta fonte oficial da ASAE. "Apesar de não correr nenhuma investigação que envolva bitcoins, esta Autoridade mantém-se atenta ao fenómeno visto que os proveitos económicos de ilícitos, hoje em dia, podem ser convertidos nessa moeda virtual, na procura de beneficiar de alguma protecção de identidade que esta modalidade de comércio oferece", acrescenta. 

Contudo, fonte oficial da ASAE sublinha que a fiscalização de utilização de meios de pagamento não é da competência da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) - e nem está regulada ainda pelos reguladores. Tal como a SÁBADO avançou, o Banco de Portugal tem "recomendado às instituições de crédito, às instituições de pagamento e às instituições de moeda electrónica" sujeitas à sua supervisão que "se abstenham de comprar, deter ou vender moedas virtuais". Também a CMVM tem agido, realizando uma acção de supervisão transversal junto dos bancos de investimento e corretoras a operar em Portugal, tal como avançou o jornal Eco.

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